Acredita-se que a primeira descrição formal da ideia surgiu no ano de 1945, com a publicação de Vannevar Bush na The Atlantic Monthly, intitulada “As We May Think”. No ensaio, o qual descrevia o dispositivo “Memex”, Bush criticava os sistemas de armazenamento de informações daquela época, que funcionavam através de ordenações lineares. Para o engenheiro e inventor, o pensamento humano funciona através de associações e era assim que ele propunha o funcionamento do Memex, dispositivo que não chegou a ser construído, mas atualmente é considerado um dos precursores da conhecida web.
Outros trabalhos importantes na área foram os de Douglas Engelbart e Ted Nelson. O conceito de “linkar” (“ligar”) textos foi criado por Ted Nelson na década de 1960, influenciado pelo pensador francês Roland Barthes e o seu conceito de “lexia”, a ligação de textos com outros textos.
Atualmente, o hipertexto apresenta alguns elementos básicos, tais como a escrita e a leitura não-sequencial, a interatividade viabilizada pelo meio digital e a existência de links textuais ou não.
As principais características do hipertexto incluem a intertextualidade, velocidade, precisão, interatividade, organização multilinear, transitoriedade, estrutura em rede, dinamismo e acessibilidade.
Existem controvérsias a respeito do conceito de hipertexto, incluindo a sua vinculação obrigatória ou não com a Internet. De acordo com alguns autores, o hipertexto ocorre apenas nos ambientes digitais; já outros estudiosos defendem que a representação hipertextual da informação não depende do meio, podendo ocorrer no papel, por exemplo, como no caso de uma enciclopédia, que permite o acesso não-linear aos verbetes.