Para ilustrar as questões 1 e 2, achamos melhor mostrar um dendrograma e explicar como e para o quê ele serve. Dendrograma (dentro = árvore) é qualquer diagrama que representa em forma de árvore separando em ramos, as diferentes informações. Em filogenia, o dendrograma (ou árvore filogenética) conecta espécies, e podem ser divididas em dois tipos: os cladogramas (que são uma representação das relações entre os grupos sem representar o tempo que cada mudança levou para acontecer) e os filogramas (diagramas que representam nos tamanhos de ramos o tempo que cada mudança levou para acontecer, ou seja, os ramos mais longos significam que tal característica que dá sentido ao nome do grupo, demorou mais tempo do que outra que tem um ramo mais curto).
Em todos os tipos de árvores citados, quanto mais na base um grupo estiver, significa que este é ancestral em comum de todos os outros grupos que vão surgindo conforme “a árvore vai crescendo, e seus ramos surgindo”. Estas árvores servem para tentarmos entender melhor como a evolução ocorreu, e qual a relação entre um grupo e outro. Dessa forma, olhando para um dendrograma que explica a relação entre os Arcossauros, Crocodilos, Dinossauros e Aves, você poderá perceber que dentro de Arcossauros, temos os Crocodilos e também os Dinossauros, e consequentemente temos também as Aves, já que elas estão incluídas no grupo dos Dinossauros.
Tudo o que se sabe até hoje sobre os Dinossauros, foi constituído com base em registros fósseis. Muitas áreas contribuem para os entendimentos atuais sobre a vida destes animais ancestrais, como física, biomecânica, química, biologia e paleontologia. Abrimos parênteses para outra informação que consideramos importante: logo acima, falou-se sobre os Paleontólogos, e muitas vezes eles são confundidos com Arqueólogos, porém existem diferenças entre estas duas profissões que consideramos importante mencionar.
Os Paleontólogos estudam fósseis, restos (dentes, ossos, conchas…) ou vestígios (pegadas, ovos, fezes…) de organismos com mais de 11.700 anos, os quais estavam vivos antes do “Holoceno” (época geológica recente, a qual se considera que a Terra possuía a configuração de clima, fauna, flora e geografia como temos atualmente), e então são considerados fósseis; qualquer resto ou vestígio que apresentar datação “pós-Holoceno”, segundo alguns estudiosos, não pode ser considerado como fóssil.
Já os Arqueólogos, são os profissionais que estudam as atividades humanas, com base em vestígios materiais (pedaços de cerâmica, ferramentas, resto de alimentos, instrumentos utilizados para caça…) em um período de tempo muito menor que os Paleontólogos, começando na Idade da Pedra, há cerca de 4 milhões de anos.
» University of California Museum of Paleontology. The Dinosauria, sem data de publicação. Disponível em: <http://www.ucmp.berkeley.edu/diapsids/dinosaur.html>. Acessado em: 30 de Abril de 2017.
» CHAVES, Rafaela S. Pergaminho Científico – O Blog das Ações do Núcleo Regional de Ofiologia e Animais Peçonhentos da Bahia – Universidade Federal da Bahia. Qual a diferença entre Paleontologia e Arqueologia?, 7 de Maio de 2015. Disponível em: <https://pergaminhocientifico.wordpress.com/2015/05/07/qual-a-diferenca-entre-paleontologia-e-arqueologia/>. Acessado em: 30 de Abril de 2017.
» LABORATÓRIO DE PALEONTOLOGIA – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. Origem dos Dinossauros, sem data de publicação. Disponível em: <http://sites.ffclrp.usp.br/paleo/origem_dinossauros.htm>. Acessado em: 30 de Abril de 2017.
» FURTADO, Gerardo. Incrível foto de dinossauros reais vivos!, publicado em 19 de Fevereiro de 2012. Disponível em: <https://biologiaevolutiva.wordpress.com/2012/02/19/incrivel-foto-de-dinossauros-reais-vivos/>. Acessado em: 30 de Abril de 2017.
» AMORIM, Dalton de S. Fundamentos de Sistemática Filogenética (1º edição), Editora Holos, 2002.