Entre os anos de 1987 e 1992, aconteceu uma grande invasão garimpeira do território ianomâmi, em que aproximadamente 1.500 indígenas morreram. No dia 25 de maio de 1992, foi homologada pelo presidente Fernando Collor a Terra Indígena Ianomâmi e, em sua maior parte, esse território é bastante acidentado e está coberto por uma densa floresta tropical úmida. Os solos são pobres e não adequados à agricultura intensiva nas aldeias que, apesar de serem constituídas por uma ou várias casas, chamadas de malocas, possuem vários níveis de comunicação entre si, além de desenvolverem relações econômicas, matrimoniais, rituais ou de rivalidade.
Ameaçados constantemente pelos garimpeiros que invadem as suas terras em busca de possíveis riquezas escondidas nos territórios indígenas, os índios descendem, segundo alguns estudos, de outros que nunca tiveram contato com o mundo exterior.
O núcleo histórico de sua morada, segundo as histórias e textos muito antigos sobre este povo, está localizado na Serra Parima, que é atualmente a mais intensamente povoada. Atualmente, estão espalhados devido aos vários trajetos migratórios iniciados a partir do século XIX. Em suas terras, estão localizados o Parque Nacional do Pico da Neblina e o referido Pico da Neblina.
Para a tribo, a terra-floresta não é apenas um objeto de exploração econômica e de sobrevivência, mas um organismo que tem vida e pulsa, e é integrado a uma grande rede de relações cósmicas entre humanos e criaturas não humanas.
Nos dias atuais, essa Terra-floresta está ameaçada pela ambição humana que é destrutiva e predadora. Embora sofra risco constante e ameaças por parte dos que vão em busca das pedras preciosas, a população Ianomâmi acaba se restabelecendo e volta a crescer, mas vive em constante risco.
Segundo relatos, a etnia desses indígenas foi “originada” por uma ONG suíça nos anos 70, para que pudessem manter isolado o território que tem sob suas terras, que são reservas muito preciosas de ouro, urânio e nióbio, desejados por muitos países.