Os ideólogos dos tempos do imperialismo tinham o modelo de civilização europeu como um exemplo para conseguir as melhores condições de vida que o homem poderia ter e, portanto, quem estivesse distante deste teria condições inferiores e não privilegiadas, quando colocadas em contraponto a esse modelo. Dessa forma, a presença dos povos europeus na Ásia e na África deixou de ser vista como uma invasão injusta.
Foi feita uma apropriação de forma indevida quanto às teorias darwinistas por parte dos ideólogos, que construíram um modelo de compreensão das culturas em que europeus ocupavam o mais alto posto da hierarquia, e os africanos e asiáticos eram colocados como povos atrasados e selvagens.
Diante disso, tornou-se missão do homem “branco” fazer com que essa massa “não-civilizada” tivesse a oportunidade de se modernizar e superar os degraus da escala criada por eles.
A grande consequência desse discurso foi que uma sequência de atrocidades e ações injustas foram cometidas contra os povos desses territórios. A missão, quando colocada em ação, acabou, ao contrário do que, teoricamente, objetivava, aumentando a diferença entre os povos, abrindo caminho para que fosse feita a exploração da mão-de-obra e geraram diversos outros problemas que tem natureza econômica e social.