Em seis meses, as vendas da Krueger se multiplicaram. No fim do mesmo ano, 37 fábricas já produziam cerveja em lata, e em um ano venderam-se 200 milhões de unidades. Embora as primeiras fossem de tampa plana, muitas latas ainda pareciam garrafas metálicas, por ter pescoço e fecho de tampa com coroa metálica.
No entanto, logo se notaram as vantagens do fecho plano, que era aberto com um abridor de latas especial, em forma de bico, que fazia dois furos. Além disso, adotou-se um fundo abobadado, que melhorava a resistência à pressão interna. Posteriormente, foram testadas várias formas e modelos, melhorando o design.
Em dezembro de 1935, no Reino Unido, Felinfoel lançou no mercado a sua primeira marca em lata, a “Pale Ale. Um ano depois, havia cerca de quarenta marcas em lata no Reino Unido. Rapidamente, a produção se expandiu por toda a Europa.
Em 1939, foi lançada uma lata de duas partes, a crowntainer, a antecedente das latas atuais e que, melhorada, continuou em uso até 1963, quando implementaram os lacres de alumínio de fácil abertura, com uma lingueta com anel.
No Brasil, a cervejaria dinamarquesa Skol, estabelecida no país em 1967, lançou, em 1971, a primeira cerveja em lata brasileira. Em 1989, as latas passaram a ser de alumínio, com a Skol, novamente, sendo pioneira no seu uso. O Brasil é, atualmente, um dos maiores consumidores per capita de bebidas em lata do mundo.
Um curiosidade sobre nosso país é que, além de consumir muita cerveja, somos um povo preocupado com sustentabilidade. O Brasil é líder mundial em reciclagem de latas de alumínio para bebidas desde 2001. Em 2012, o país reciclou 97,9% das latas usadas.
O emprego do alumínio na fabricação das latas mediante extrusão por impacto significou, a partir de 1964, uma grande economia de material. Em 1967, esse sistema foi substituído por outro de estampagem, embutimento e estiramento que, a partir de 1980, se converteu num único modelo de produção.
Outros avanços recentes em seu design foram a introdução do anel stay-on-tab unido à tampa. Com ele, o risco de ingeri-lo desaparece, além de facilitar a reciclagem integral da lata. Outro avanço é o widget, um sistema identificado pelo consumidor como uma bola de plástico que vai dentro da lata. Ele permite que a cerveja seja servida com as mesmas características de sabor e textura de uma cerveja de barril.