Esse método foi tão bem elaborado que quase não sofreu mudanças até o século XX. A imprensa de Gutenberg era formada por moldes de metal para cada caractere. Ele despejou metal em cada um e esperou que esfriasse. Desta forma, o inventor obteve letras metálicas, e assim, poderia formar palavras, frases e parágrafos inteiros. Ainda criou também uma espécie de impressora, chamada na época de prelo, a qual permitia que várias cópias fossem feitas de forma mais rápida que manualmente.
A primeira obra e também a mais conhecida foi uma bíblia de 42 linhas, que na sua primeira tiragem foram confeccionados 120 exemplares. O inventor ficou tão famoso pela sua obra, que esse livro ficou conhecido como a Bíblia de Gutenberg.
A união entre o inventor e Johannes Fust foi rompida tempos depois, devido a alguns desacordos. Gutenberg, a princípio, ficou sem a invenção, a oficina e os mestres impressores. Mas, por pouco tempo. Logo se recuperou e fez seu próprio espaço de trabalho e continuou imprimindo até o dia de sua morte, em 1468.
A invenção de Gutenberg surtiu em uma revolução cultural. Antes dela, a maioria das pessoas não tinham acesso à leitura e aos livros, essa realidade foi se transformando aos poucos e o saber escrito deixou de ser um privilégio da elite da época e expandiu para outras camadas da população. Outra mudança se deu ao fato de que a tradição oral era predominante e depois da invenção tornou-se escrita. Os jornais e publicações impressas foram, portanto, aumentando seu alcance.