Uma das maiores relevâncias do metabolismo lipídico vem justamente da característica hidrofóbica dessas moléculas. Como nosso corpo possui cerca de 50% a 65% de água, muitos podem imaginar que essa hidrofobia poderia ser um fator negativo, quando na verdade é justamente o contrário.
O fato de haver tanta água necessita que algo faça uma divisão entre o meio intracelular e o extracelular, como uma interface que estabeleça a separação entre os dois. Como esses lipídios não são solúveis, eles fazem esse papel, servindo como um tipo de barreira, que faz essa separação entre os meios.
Os principais tipos são: cerídeos, fosfolipídios, triglicerídeos, esteroides e carotenoides.
Os alimentos que podemos citar como as principais fontes de lipídios são:
Podemos classificar os lipídios em dois tipos: óleos e gorduras.
Os óleos são as substâncias insaturadas, líquidos em temperatura ambiente. Já as gorduras são as substâncias saturadas, sólidas em temperatura ambiente.
Lipídios são biomoléculas orgânicas popularmente chamadas de gordura. São insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos, como o éter, o álcool e o clorofórmio.
Ambas formas de escrita estão corretas para o substantivo.
Os lipídios que mais se destacam são os cerídeos, os fosfolipídios, os triglicerídeos, os esteroides e os carotenoides. Conheça um pouco mais sobre de cada um a seguir:
Classificamos como cerídeos aqueles que chamamos de lipídios simples.
Podem ser encontrados na cera produzida pelas abelhas, na construção da colmeia; na superfície das folhas, cera de carnaúba e dos frutos, como a manga. Ela possui a função de impermeabilização e proteção.
São moléculas anfipáticas, o que significa que elas possuem uma região polar, que chamamos de cabeça hidrofílica, tendo afinidade por água, e outra região apolar, chamada de calda hidrofóbica, que é responsável por repelir a água.
A membrana plasmática e todas as membranas celulares são formadas basicamente por duas camadas de fosfolipídios, com proteínas imersas nessas camadas. Por isso, são chamadas membranas lipoproteicas.
Esses lipídeos podem ser sólidos (gorduras) ou líquidos (óleos), à temperatura ambiente. São formados pela reunião de três moléculas de ácidos graxos com glicerol (um álcool). Nessa união há saída de água (síntese por desidratação).
Os óleos são encontrados principalmente em plantas, como é o caso dos óleos de algodão, amendoim, milho, arroz e soja. Também podem ser encontrados nos animais, como é o caso do óleo de fígado de bacalhau.
As gorduras ocorrem nos animais, acumulando-se principalmente em células adiposas. Os triglicerídeos constituem a forma de reserva de energia mais eficiente nos seres vivos.
Uma grama de triglicerídeo fornece aproximadamente o dobro da energia e como proteção contra perda de calor, pois é isolante térmico. Os triglicerídeos constituem uma forma de armazenamento de ácidos graxos, substâncias que participam de importantes processos metabólicos.
Os ácidos graxos podem ser classificados em saturados e insaturados.
São lipídios formados por longas cadeias carbônicas dispostas em quatro anéis ligados entre si. São amplamente distribuídos nos organismos vivos constituindo os hormônios [6] sexuais, a vitamina D e os esteróis (colesterol).
O esteroide mais abundante nos tecidos animais é o colesterol, que é naturalmente produzido em nosso fígado. O colesterol participa da composição química das membranas celulares das células animais e é precursor do hormônio sexual masculino (testosterona), do hormônio sexual feminino (estrógeno), dos sais biliares e da vitamina D.
Além do colesterol que nosso corpo produz, ingerimos essa substância em alimentos de origem animal. Os esteroides anabolizantes são substâncias produzidas em laboratório e que substituem a função da testosterona.
O uso dessas substâncias pode trazer efeitos colaterais, como o surgimento de acne, problemas no fígado, aumento da pressão arterial, elevação dos níveis de LDL e redução do HDL. Já no caso das mulheres, pode haver o crescimento de pelos da face e alterações no ciclo menstrual.
São lipídios que em plantas e em certas algas, atuam como pigmentos. Existem dois grupos de carotenoides: carotenos e xantofilas.
Os carotenos fazem parte da alimentação humana, pois são precursores da vitamina [7] A, importante para a visão e para a renovação de células da pele.
A cor da pele humana, além de depender do pigmento melanina e da disposição dos vasos sanguíneos, depende também do caroteno que fica acumulado no tecido adiposo (do latim: adeps = gordura animal, banha; oso = cheio de) subcutâneo.
Os lipídios são moléculas orgânicas importantíssimas aos seres vivos. Atuam como reserva energética para aqueles animais que costumam hibernar por muito tempo. Outros atuam como um isolante térmico, principalmente nos mamíferos [8].
Além disso, possuem uma grande importância na composição da membrana plasmática [9] das células, os chamados fosfolipídios.
Suas principais características são o que definimos como insolubilidade em solventes polares e solubilidade em solventes orgânicos (como o éter, álcool e clorofórmio).
Isso porque, eles possuem uma natureza hidrofóbica, que de maneira mais clara, definimos como uma aversão à molécula de água, já que hidro deriva de água, e fóbico deriva de fobia, medo.