As águas dos oceanos estão em constante dinâmica, formando ondas constantemente, as quais podem ser intensificadas por fenômenos que afetem a constância do movimento destas águas. No entanto, existem alguns elementos que diferenciam uma onda normal no oceano dos tsunamis, sendo o principal elemento de diferenciação os períodos das oscilações das águas.
As ondas normais ocorrem de forma muito breve, não alcançando dimensões tão expressivas, enquanto as ondas dos tsunamis podem oscilar em minutos ou até mesmo meia hora e, justamente por isso, pela força acumulada, é que se tornam tão violentas. Os tsunamis são, portanto, caracterizados por ondas longas.
No caso dos maremotos, quanto maior for a distância entre o ponto de origem deste (epicentro) e o local de impacto, menor será a intensidade sentida em relação ao espalhamento e dissipação do fenômeno. Assim, quanto mais próximo ocorrer o abalo de uma dada localidade, maior será a intensidade do fenômeno registrado.
Os tsunamis são fenômenos naturais, portanto, sempre existiram na história do planeta Terra. Algumas áreas do globo são mais propensas para ocorrência de fenômenos naturais como maremotos, por conta das condições geológicas destas áreas.
Uma das regiões de maios risco para eventos como terremotos e tsunamis é a zona do Círculo de Fogo do Pacífico, também conhecida como “Anel de Fogo do Pacífico”, a qual é uma área com formato geomorfológico de ferradura e que se encontra na bacia do Pacífico.
O Círculo de Fogo do Pacífico é considerado como a área de maior risco de abalos sísmicos do mundo, e abrange territórios da costa do continente americano, e ainda o Japão, as Filipinas, a Indonésia, bem como a Nova Zelândia e as ilhas do Pacífico Sul.
Os abalos sísmicos ocorrem nesta região por conta das instabilidades decorrentes da presença dos limites de várias placas tectônicas naquele ambiente, as quais interagem entre si, ocasionando choques, deslizamentos, submersões, soerguimentos, etc.
Os movimentos convergentes e divergentes das placas tectônicas acabam por criar abalos sísmicos, os quais, por sua vez, geram uma desestabilização na constância das ondas do mar, ocasionando os fenômenos denominados de maremotos ou tsunamis.
Ao Norte do Oceano Pacífico, em uma área que se estende do Japão até o Alasca, há uma elevada incidência de fenômenos como maremotos, bem como uma intensificação das atividades vulcânicas, constituindo uma faixa de risco onde tsunamis são comumente registrados.
Existem vários registros de maremotos na história, sendo que muitos deles nem são registrados, porque não afetam efetivamente nenhuma localidade habitada. Alguns ocasionaram danos de grandes proporções, outros tantos apenas alagamentos sem vitimar diretamente às populações. São alguns dos principais maremotos, ou tsunamis, registrados na história:
» DONOSO, José Pedro. Universidade de São Paulo. Tsunamis. Disponível em: <http://www.gradadm.ifsc.usp.br/dados/20122/FFI0210-1/Tsunami.pdf>. Acesso em 04 ago. 2017.
» PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Dia a Dia Educação. Tsunamis. Disponível em: < http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=281>. Acesso em 05 ago. 2017.
» SILVEIRA, Fernando Lang da; VARRIALE, Maria Cristina. Propagação das ondas marítimas e dos tsunamis. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 22, N. 2: P. 190-215, 2005. Disponível em: < https://www.if.ufrgs.br/~lang/Textos/Ondas_tsunami.pdf>. Acesso em 04 ago. 2017.