O enxugamento do currículo e a flexibilidade na escolha das disciplinas foram alguns dos pontos destacados por Mendonça ao falar sobre as alterações propostas para o ensino médio. “[É importante] ter mais flexibilidade para que o jovem no ensino médio comece a decidir a própria trajetória. Não faz sentido que o jovem que quer ingressar em um curso ligado à área de humanas tenha a mesma base curricular daquele jovem que vai para as ciências exatas”, ressaltou. O ministro também considerou alto o número de 13 matérias obrigatórias que compõem a grade curricular atualmente.
Ampliar a integração entre o ensino convencional e a rede técnica é outro ponto defendido por Mendonça. “A grande maioria das redes da educação média são absolutamente separadas da educação técnica. Nós temos que aproximar mais para oferecer também essa oportunidade para os jovens”, disse ao mencionar como bons exemplos a rede Paula Souza, de São Paulo, e os Institutos Federais.
Para o ministro, também são necessárias adaptações no modo de ensinar. Mendonça atribuiu os elevados índices de evasão escolar, em parte, à falta de interesse dos jovens na escola. “São 1,7 milhão de jovens que nem trabalham, nem estudam”, destacou. “A grande maioria das redes da educação média são absolutamente separadas da educação técnica. Nós temos que aproximar mais para oferecer também essa oportunidade para os jovens”, acrescentou.
Durante a explanação no auditório do seminário, Mendonça foi interrompido por gritos vindos do público, em manifestação contra cortes no orçamento destinado à educação. O ministro negou que haja redução de recursos destinados à área. “Não houve redução do orçamento do Ministério da Educação, ao contrário do que foi dito e propagado”, enfatizou após atribuir as informações a “mentiras” propagadas nas redes sociais. “A gente tem para 2017 um orçamento que é maior do que o para 2016 em 7%”, complementou.
*Da Agência Brasil
Com adaptações