A membrana plasmática é composta basicamente por proteínas [7], lipídios e glicídios. O tipo da proteína está intimamente relacionado à função desempenhada.
As proteínas integrantes da membrana ou apenas associadas à elas, funcionam de maneiras diversas, com maior ou menor grau de especificidade. Existem proteínas responsáveis pelo controle da passagem de certas substâncias através das membranas, as chamadas transportadoras (as de canal e as carreadoras).
Há aquelas que fixam outras moléculas à membrana, as que atuam como enzimas, catalisando reações específicas. Outras ainda que respondem pela percepção de estímulos do ambiente, passando a informação para o interior da célula.
A membrana celular é composta quimicamente de uma bicamada lipídica do tipo fosfolipídica, sendo uma camada voltada para o meio externo e a outra para o meio interno da célula.
Tais fosfolipídios são formados por três outras moléculas: o álcool (glicerol), ácidos graxos e um grupamento fosfato. Nas membranas de células animais encontramos também o colesterol.
Parte dos fosfolipídios é hidrofílica, ou seja, tem afinidade pela água. Já a parte mais interna da membrana não interage com água, pois não possui afinidade e é chamada hidrofóbica.
Na bicamada encontram-se proteínas que estão inseridas, estas são as proteínas de membranas integrais. Quando estão localizadas na periferia da membrana plasmática, são chamadas proteínas periféricas.
A membrana também é composta de glicídios, que formam o glicocálice presente na parte externa da membrana celular. O glicocálice tem função de reconhecimento químico, atua como uma barreira contra agentes químicos e físicos e proteção celular.
Devido a tais componentes químicos existentes na membrana, podemos dizer que a membrana plasmática é fosfolipoproteica.
A membrana plasmática possui algumas especializações, tais como:
A membrana plasmática tem três funções principais: revestimento, proteção e permeabilidade seletiva, sendo esta última sua função mais comum. O modelo de estrutura da membrana plasmática aceito atualmente foi proposto em 1972 e denomina-se modelo do mosaico fluido.
Ela recebeu este nome devido sua capacidade de selecionar quais são as substâncias que vão entrar e sair da célula, através do mecanismo de permeabilidade seletiva.
A membrana plasmática é extremamente fina e só é capaz de ser enxergada através de microscópio eletrônico. Por ser tão fina assim, outras estruturas a recobrem, atribuindo-lhe uma proteção extra, que são a parede celular e glicocálice, o qual possui função primordial de proteção.
Nos animais, o glicocálice também terá função de reconhecimento celular, sendo, por exemplo, de grande importância em transplantes. Assim, quanto mais parecido for o glicocálice de uma pessoa com o de outra, mais fácil a compatibilidade da doação.
A parede celular não se encontra presente em células animais, apenas em células vegetais [8] e algas (sendo composta por celulose), fungos (sendo composta por quitina, um carboidrato polissacarídeo) e bactérias (tendo em sua composição glicose, açúcares e proteínas).
A membrana plasmática é formada pela união de uma bicamada lipídica, que forma um revestimento fluido, delimitando a célula. Imersos nessa bicamada há moléculas de proteínas.
Os tipos de proteína das membranas celulares variam de célula para célula e determinam as funções específicas das membranas. A membrana plasmática posiciona-se delimitando o citoplasma [9] da célula, criando um espaço de comunicação e troca entre o meio externo e o interno.
A membrana é de suma importância para a manutenção da vida da célula, pois suas funções garantem o bom funcionamento da mesma. Os organismos estão realizando trocas a todo momento e estas trocas podem ser de três tipos. Confira cada um deles a seguir:
Ocorre através da membrana plasmática, sem gasto de energia, tendendo a igualar a concentração da célula com a do meio externo (a favor do gradiente de concentração).
Ocorre através da membrana plasmática, com gasto de energia, mantendo alguma diferença de concentração entre a célula e o meio externo (contra o gradiente de concentração).
Ocorre quando vesículas são utilizadas para a entrada de partículas ou microrganismos na célula ou para a eliminação de substâncias da célula. O processo de entrada chama-se endocitose [10]e o de saída, exocitose.
As células são as unidades morfológicas e funcionais dos seres vivos. As células encontram-se individualizadas, separadas do meio externo pelos envoltórios ou membranas. Estes devem ter características que, enquanto separam o interior da célula do meio externo, também propiciam trocas de substâncias com este meio.
Sem trocar substâncias com o meio, a célula não pode se manter viva, pois precisa receber nutrientes e oxigênio [11] e eliminar resíduos de seu metabolismo. A membrana plasmática é de suma importância para a célula, pois viabiliza a troca de substâncias entre o meio interno e externo, apresentando uma permeabilidade seletiva.
Ela não é permeável a tudo, mas seleciona o que pode ou não atravessar a membrana da célula.