O estribo juntamente com outros dois ossos, o martelo e a bigorna, são responsáveis pela audição humana [9]. Ele recebeu esse nome devido a semelhança com o estribo usado para colocar os pés ao montar a cavalo.
O maior osso [10] do corpo humano é o fêmur, sendo grande em comprimento e em diâmetro também. Está localizado na coxa, ligando o quadril (por intermédio do osso ilíaco) ao joelho (através da patela e tíbia).
Pode chegar a medir quase 51 centímetros de comprimento e é o osso mais resistente e pesado do nosso corpo.
Os ossos [11] possuem uma matriz interna que é formada por aproximadamente 50% de material inorgânico e 50% de orgânico. Dentre os materiais inorgânicos, o mais abundante é o fosfato de cálcio e dentre os orgânicos, 95% correspondem as fibras colágenas.
As células ósseas são: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.
São células jovens, com muitos prolongamentos e que possuem intensa atividade metabólica. São responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz, parecendo exercer influência na incorporação de minerais.
Durante a formação dos ossos, à medida que ocorre a mineralização da matriz, os osteoblastos acabam ficando em lacunas, diminuem a atividade metabólica e passam a se chamar osteócitos.
Nos espaços ocupados pelos prolongamentos dos osteoblastos, formam-se canalículos, que permitem a comunicação entre os osteócitos e os vasos sanguíneos que os alimentam. Os osteócitos atuam na manutenção dos constituintes da matriz.
Os osteoclastos estão relacionados com a reabsorção da matriz óssea, pois liberam enzimas que digerem a parte orgânica propiciando a volta dos minerais para a corrente sanguínea. Eles também estão relacionados com processos de regeneração e remodelação do tecido ósseo [12].
Os osteoclastos apresentam grande mobilidade e muitos núcleos. Originam-se de monócitos do sangue que se fundem após atravessarem as paredes dos capilares. Assim, cada osteoclasto é resultante da fusão de vários monócitos.
Apesar dos ossos serem duros e resistentes, eles podem ter suas estruturas internas remodeladas em resposta às modificações das forças que estejam sendo submetidos. Um exemplo bem comum é a técnica de remodelação dos ossos da arcada dentária, através do uso de aparelhos ortodônticos.
Os aparelhos exercem forças diferentes daquelas a que os dentes estão naturalmente submetidos. Nos pontos em que há pressão ocorre reabsorção óssea, enquanto no lado oposto há deposição de matriz. Assim, os dentes movem-se pelos ossos da arcada dentária e passam a ocupar a posição desejada.
Na infância e na adolescência, quando os ossos estão crescendo juntamente com todo o corpo, além dos hormônios do crescimento e dos sexuais, há outro fator importante para a formação e estruturação dos ossos: a ingestão de alimentos ricos em cálcio, fósforo, vitaminas [13] D, A e C e proteínas.
O cálcio e o fósforo fazem parte da matriz óssea. A vitamina D (calciferol) promove principalmente a absorção intestinal de cálcio. Por isso, a falta dessa vitamina e cálcio na infância pode causar o raquitismo, doença em que a matriz óssea não se calcifica normalmente.
Em consequência, os ossos crescem pouco e não suportam pressões exercidas sobre eles por ação do peso e da musculatura associada, deformando-se.
A vitamina D está presente em maior quantidade em certos alimentos, como óleo de fígado de bacalhau. A pele humana possui uma substância precursora dessa vitamina, que, sob ação dos raios UVB, transforma-se em vitamina D.
Os ossos, por serem estruturas inervadas e irrigadas por vasos sanguíneos, apresentam alto metabolismo e capacidade de regeneração. Quando ocorre uma fratura, sempre há rompimento de vasos sanguíneos do osso.
A matriz óssea é destruída e há morte de células no local. Os macrófagos entram em ação e removem os restos celulares e os da matriz danificada. A seguir, ocorre intensa proliferação de células, que formam uma espécie de anel ao redor da fratura, preenchendo o espaço entre as extremidades quebradas do osso.
Esse quadro evolui para a formação de tecido ósseo primário, tanto pela ossificação de pequenos fragmentos de cartilagem hialina que se formam no local, quanto pela ossificação do anel.
Inicialmente, esse tecido primário é desordenado, formando um calo ósseo que une as extremidades quebradas do osso. Com o retorno às atividades normais, as pressões e trações diárias atuam remodelando o calo ósseo. Assim, reconstitui-se a estrutura que o osso possuía antes da fratura.
No interior dos ossos está a medula óssea, que pode ser de dois tipos: vermelha ou amarela. A vermelha é responsável pela formação de células do sangue, já a amarela é formada por tecido adiposo e não produz células sanguíneas.
No recém-nascido, toda medula óssea é vermelha. Quando adulto, a medula vermelha fica restrita ao esterno, às vértebras, às costelas, aos ossos do crânio e às epífises do fêmur e úmero. Com o passar dos anos, a medula óssea vermelha presente no fêmur e no úmero se transformam-se em amarela.
SPADA, Adriano Luiz. “O ouvido humano“. Attack do Brasil. Disponível em: http://www. attack. com. br/artigos_tecnicos/ouvido_humano. pdf. Acesso em 17 de outubro de 2018.
GENTIL, Fernanda et al. “Estudo do efeito do atrito no contacto entre os ossículos do ouvido médico“. Revista internacional de métodos numéricos para cálculo y diseño en ingeniería, v. 23, n. 2, p. 177-187, 2007.