Não há como contar a história do método científico sem fazer referência à história da própria ciência, já que ambas se mesclam. Existem documentos do Antigo Egito que já descreviam métodos de diagnósticos médicos e os primeiros vestígios do método científico começaram a aparecer na cultura da Grécia Antiga. No começo da filosofia islâmica houve um grande avanço no método, principalmente na utilização de experimentos para decidir entre duas hipóteses. Com o advento da Física nos séculos XVII e XVIII, ocorreu a consolidação dos princípios fundamentais do método científico, com destaque para o trabalho Novum Organum (1620), de Francis Bacon, no qual o filósofo descreve um novo sistema lógico para aperfeiçoar o processo filosófico do silogismo. Desta maneira, o método científico como conhecemos hoje é o resultado da obra de vários pensadores até chegar ao “Discurso do Método”, de René Descartes.
O filósofo francês propôs que a verdade deveria ser alcançada por meio da dúvida sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes. São estas as características que definiram a base da pesquisa científica. O pensamento de Descartes foi posteriormente desenvolvido empiricamente por Isaac Newton.
O método científico engloba algumas etapas, tais como a observação, a formulação de uma hipótese, a experimentação, a interpretação dos resultados e, finalmente, a conclusão. É importante ressaltar que a investigação de determinado fenômeno não precisa, necessariamente, cumprir todas as etapas, assim como não existe um tempo pré-determinado para realizar cada uma delas.
Existem algumas áreas da ciência (por exemplo, a Física Quântica) que têm como base teorias que se apóiam apenas na conclusão lógica a partir de várias outras teorias e poucos experimentos, já que há uma limitação tecnológica para se comprovar empiricamente determinadas hipóteses.
Saiba mais sobre as etapas do método científico: