O casal de divindades teve dois filhos. Porém eles nasceram imperfeitos e, consequentemente, não tinham nenhum poder da natureza e não puderam ser considerados deuses. Não imaginando que essa seria uma atitude errada, colocaram os bebês em barcos, deixando que eles fossem arrastados para a correnteza.
Repreendidos pelos deuses, Izanagi e Izanami fizeram outro casamento que foi regado de prosperidade e muitos filhos. Segundo a lenda, foi após a segunda união que as oito ilhas japonesas surgiram.
Após o segundo casamento, muitos filhos e filhas vieram ao mundo, um deles chegou a causar a morte de Izanami, seu nome era “Kahatsuchi”, conhecido também como a encarnação do fogo. Depois da morte de sua amada, Izanagi matou o filho e a partir desse acontecimento muitas outras entidades foram criadas.
Com o passar do tempo, Izanagi queria rever sua esposa e decidiu que iria ao submundo ver a pessoa que tanto estimava. Porém, quando chegou ao local viu que sua mulher já não conservava a beleza de outrora. Izanami, por sua, vez o expulsou e mandou demônios atrás de seu marido. De acordo com a mitologia é nesse momento em que a morte foi criada.
Após retornar do submundo, Izanagi se banhou em um rio extraindo tudo de ruim que havia adquirido na sua viagem ao submundo. Reza a lenda que desse banho nasceram os seis principais deuses da mitologia japonesa e que são atualmente os mais conhecidos, são eles:
Tsuki-yomi: Deus da lua
Kagutsuchi: Deus do fogo
Amaterasu: Deusa do sol
Shinigami: Deus da morte
Susanowo: Deus da tempestade
A mitologia japonesa também dá uma ênfase especial para as raposas, ou kitsunes. De acordo com o seu folclore elas são seres de extrema inteligência e algumas carregam consigo capacidades mágicas.