Prófase (pro = antes): esta fase está correlacionada com a interfase.
Os cromossomos [6] vão ficando visíveis por conta da espiralização (condensação); o nucléolo vai desaparecendo; fibras que se originam dos centrossomos vão se dispondo ao redor do núcleo, é o que chamamos de fuso mitótico.
O núcleo por sua vez, vai absorvendo água e inchando; a carioteca se rompe e não existirá mais separação entre o citoplasma e o material nuclear. No citoplasma, cada centro celular organiza seu próprio arranjo radial de microtúbulos, dando ao conjunto um aspecto de estrela, por isso denominado áster.
Aos poucos, algumas das fibras de cada centrossomo crescem, determinando o afastamento dos centros celulares, indo cada um para um dos polos da célula. Essas fibras maiores constituem as fibras polares. A prófase termina com a degeneração do envelope nuclear.
Metáfase (meta = no meio): a metáfase começa logo após a ruptura da carioteca, quando deixa de existir limite físico entre o citoplasma e o material nuclear, permitindo que as fibras polares atinjam a região antes ocupada pelo núcleo.
Nessa fase ocorre a formação das fibras cromossômicas ou fibras do cinetócoro. Alguns microtúbulos das fibras polares unem-se aos cinetócoros e tal união possibilita o deslocamento dos cromossomos em direção à região equatorial da célula, formando a placa equatorial ou placa metafásica.
O conjunto de fibras do áster, fibras polares e fibras cromossômicas recebe o nome de fuso mitótico. Os cromossomos são bem visíveis nesta fase, pois atingem o máximo de condensação.
Anáfase (Ana: indica movimento contrário): a anáfase inicia-se com a separação dos centrômeros, permitindo a separação completa das duas cromátides-irmãs. As fibras que se dispõem no fuso começam a encurtar e os cromossomos-irmãos são puxados para os polos opostos da célula.
Começará a desespiralizarão, a carioteca se reorganizará, os nucléolos aparecerão já nos novos núcleos celulares e as duplas de centríolos se encontrarão em seu local definitivo.
Cada polo da célula recebe o mesmo material cromossômico, pois os cromossomos-irmãos possuem a mesma informação gênica. Tais cromossomos são resultantes da duplicação semi-conservativa de um mesmo DNA do cromossomo da célula inicial.
Telófase (telos = fim): os cromossomos sofrem descondensação, os cinetócoros e as fibras cromossômicas desaparecem, o envelope nuclear e o nucléolo são reorganizados. Ficam apenas fibras polares, restritas ao citoplasma.
Ao final da telófase, os dois núcleos-filhos apresentam o mesmo aspecto do núcleo interfásico e fica também concluída a divisão do núcleo ou cariocinese. Completa-se a divisão celular com a divisão do citoplasma ou citocinese.
Mitose é quando uma célula dá origem a duas outras com o mesmo número de cromossomos da célula inicial. É o tipo de divisão realizado quando há reprodução assexuada e que ocorre no crescimento dos organismos multicelulares e na regeneração de tecidos.
Meiose [7] é quando uma célula dá origem a quatro, cada uma com a metade do número de cromossomos da célula inicial. Os gametas, na maioria dos casos, são formados por esse processo.
Na formação de gametas (células sexuais), uma célula diploide com 46 cromossomos sofre meiose e os cromossomos homólogos se separam. Assim, cada célula origina quatro com metade do número de cromossomos da célula inicial, isto é, 23 cromossomos cada uma.
Quando ocorre a fecundação, um óvulo e um espermatozoide se unem, recompondo o número diploide da espécie: 46 cromossomos ou 23 pares de homólogos.
A mitose é um processo em que os organismos eucariontes [8] realizam a divisão celular, originando assim, duas células idênticas a original. A mitose ocorre em várias células somáticas do nosso corpo, ou seja, ocorre nas células dos nossos tecidos e órgãos.
O corpo necessita renovar as células desde o surgimento do zigoto até a morte do indivíduo. A mitose também acontece quando sofremos algum tipo de lesão ou ferimento e as células precisam reparar o dano no local, como é o caso das células do sangue e da pele, por exemplo.
A mitose tem importante finalidade nos seres multicelulares, pois atua na regeneração dos tecidos que foram lesados e na reposição de células mortas, além de estar associada ao crescimento dos organismos.
No ser humano, a mitose sempre estará presente no revestimento intestinal, na pele e na medula óssea. Vale ressaltar que não são todas as células que são capazes de realizar esse processo, como é o caso das células musculares e dos neurônios [9], onde isso só pode ser visto durante a fase embrionária.
Nos vegetais, a mitose ocorre nas pontas dos caules e nas gemas que se situam nas laterais. No geral, estará acontecendo nos lugares onde existam tecidos relacionados ao crescimento.
A mitose nas células vegetais é acêntrica, ou seja, não apresenta centríolos, não há formação de fibras do áster (mitose anastral) e a citocinese é centrífuga (de dentro para fora), em função da grande resistência da parede celular.
Nesse caso, vesículas formadas pelo complexo golgiense se unem e formam uma lamela que cresce do centro para a periferia, separando as células-filhas.
A divisão celular é um processo que pode ser comparado a uma fábrica e suas filiais, pois a célula se divide e forma cópias idênticas a si mesma.
O processo de divisão pode ser de dois tipos: mitose, onde uma célula mãe n produz duas células filhas 2n geneticamente idênticas e com mesmo número de cromossomos; meiose, a célula mãe 2n gera duas células filhas n que serão geneticamente diferentes.
Durante a mitose, o nucléolo (região mais densa localizada no interior do núcleo) coordena o crescimento e os processos de divisão celular. Pode-se dizer então que mitose é o processo de divisão do núcleo celular em dois núcleos-filhos e a citocinese é a divisão do citoplasma, formando assim, as células filhas.