As entidades discordamos também implementação de tempo integral nas escolas, porque acreditam que isso desconsidera a realidade concreta dos estudantes do ensino médio, pois muitos deles são trabalhadores.
“Tampouco se pode falar em escolas de tempo integral se persistem problemas básicos como a falta de infraestrutura, projetos arquitetônicos anacrônicos [ainda centrados na lousa, giz e apagador], jornada de trabalho estafante e mal estruturada [pois é preciso que sejam dedicados no mínimo 33% da jornada para atividades extraclasse], falta de condições de trabalho, carreira e salários dignos aos profissionais da educação e tantos outros”, acrescentou o documento.
A presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, considera a reforma, nos moldes colocados pelo governo federal, “um ataque à profissão docente, e um ataque à educação pública brasileira”.
“Temos claro o seguinte: de novo está aqui colocada o aprofundamento da dualidade histórica entre as escolas para os filhos e filhas da classe trabalhadora e as escolas para os filhos da elite, que vão sempre poder se dar bem na vida. Essa coisa de que é comum para todos não é verdade, é mínimo para os filhos e filhas da classe trabalhadora e máximo para os da elite para continuarem dominando esse país”, disse Maria Izabel.
*Da Agência Brasil
Com adaptações