Trata-se do tipo de narrador mais comumente encontrado na Literatura, comunicando-se com o leitor na 3ª pessoa e retratando os eventos observados com objetividade.
O uso da 3ª pessoa permite ao autor uma elasticidade maior da história e, por este motivo, é a ferramenta mais utilizada pelos que escrevem.
O narrador pode compreender mais profundamente as personagens, sendo subjetivo e onisciente, com o domínio sobre os mecanismos temporais, espaciais e sobre os acontecimentos. No caso do narrador-observador, ele é objetivo e restrito, apresentando apenas o que pode ver e analisar.
O narrador-observador é também conhecido como narrador-câmera ou narrador-testemunha, agindo exatamente como quem capta imagens em uma câmera, se restringindo a narrar um ou mais fatos sem mergulhar na mente ou na alma das personagens, não tendo, portanto, familiaridade maior com elas ou com seus atos.
Ao contrário do que ocorre com o narrador onisciente, a visão do narrador-observador não abrange o todo, somente um ponto de vista. É um observador dos acontecimentos que narra, sem integrar nenhum dos eventos. Já o narrador onisciente, dividido em onisciente intruso, onisciente neutro e onisciente múltiplo, é assim denominado porque conhece todos os aspectos do enredo e de suas personagens, incluindo os seus pensamentos e sentimentos.
*Débora Silva é graduada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas)