A narratologia é bastante influenciada pelas correntes teóricas estruturalistas e busca os contextos sociais e históricos em que o objeto analisado está inserido. Este campo de estudos é particularmente utilizado para a dramaturgia e o roteiro de audiovisual, como cinema, TV e quadrinhos.
A narratologia também tem como característica a busca por paradigmas, estruturas e repetições entre as diversas obras analisadas, levando-se em conta os diferentes contextos históricos e culturais em que foram produzidas. O seu objeto de análise geralmente são as narrativas verbalizadas (escritas ou orais) e, por isso, é uma ciência que possui certa proximidade com outra área de estudos, a Análise do Discurso.
Tendo o gênero textual narração como o seu objeto de estudo, a narratologia faz uma observação mais apurada das características presentes nas narrativas, tais como o agente narrativo, atores, história, fábula, tempo, lugar e acontecimento.
A estrutura de uma narrativa diz respeito à forma pela qual ela é construída para permitir o andamento da trama. O modo narrativo se divide em épico, lírico e dramático; o eixo dramático se divide no clímax, premissa, desmedida, peripécia e reviravolta.
Os primeiros estudos sobre estrutura narrativa remontam à obra “Poética”, do grego Aristóteles. No geral, todas as narrativas apresentam os seguintes elementos básicos: narrador, cenário e personagens, que são distribuídos em diversas categorias.
O narrador pode ser, fundamentalmente, de três tipos e às vezes se sobrepõem: narrador onisciente (tem conhecimento completo de toda a narrativa), incluso ou participante (participa da narrativa como um dos personagens e pode narrar em 1ª pessoa ou como um observador) e oculto ou ausente (não se mostra aparente).
O cenário pode ser realista, de geoficção ou fantástico. Já os personagens são divididos em diferentes classes ou categorias, como o protagonista (ou herói), antagonista (ou vilão), par romântico (ou mocinha) e comic relief (personagens de função humorística).