Mas, não existe nenhuma diferença? Na prática sim: no geral, podemos considerar que as denominadas bolachas são mais secas, enquanto os biscoitos também podem ser úmidos. Entretanto, de acordo com a legislação brasileira e diversas fabricantes do produto, tanto faz chamar o alimento de “bolacha” ou de “biscoito”, embora a maioria das empresas estampem os dizeres “biscoito” em suas embalagens, apenas por uma questão de convenção da categoria.
O vocábulo “biscoito” é originário da união de duas palavras francesas: “bis” e “coctus”, que significam “cozido duas vezes”. A denominação “biscoito” é proveniente da prática de assar o alimento duas vezes, a fim de que ele ficasse menos úmido e pudesse durar mais tempo sem estragar.
De acordo com historiadores, os gregos misturaram mel, leite e canela, como na receita do pão egípcio, e tiveram como resultado saborosos biscoitos. Naquela época, os escravos eram os especialistas em fabricar biscoito, receita que passava de geração em geração. Nos tempos das viagens marítimas e grandes descobrimentos, a alimentação dos marinheiros consistia-se em biscoitos.
Em meados do século XVII, o biscoito começou a se popularizar no continente europeu, principalmente com a adição de essências e a criação de novos sabores, que estimularam crescimento da venda do alimento.
O termo “bolacha” é originário do latim “bulla” (objeto esférico), mais o acréscimo do sufixo “acha”, indicando diminutivo. No idioma holandês, encontramos o vocábulo “koekje”, que originou palavras como “cookie” e “cracker”.