Todavia, em 1243, na cidade de Liège, na Bélgica, uma freira agostiniana chamada Juliana de Mont Cornillon disse ter visto Jesus. Na aparição, ela contou que o Messias teria lhe dito para que as celebrações de Corpos Christi fossem intensificadas. A freira então lutou para que este desejo fosse atendido e, em 1264, o papa Urbano IV consagrou uma data para toda a comunidade católica.
Assim, o dia de Corpus Christi ocorre sempre após 60 dias do domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo dedicado a Santíssima Trindade. O dia é sempre uma quinta pois assim faz alusão ao dia que Jesus sentou com os apóstolos para a última ceia, segundo as passagens bíblicas de Lucas, e assim decretou aos companheiros a institucionalização da eucaristia.
Durante o dia de Corpus Christi, as igrejas celebram missas e fazem procissões conduzidas por bispos ou padres. Desta forma, as instituições religiosas fazem referência ao povo peregrino, que é também o povo de Deus, levando em consideração as passagens bíblicas. Um fato interessante é que, neste dia os fiéis se organizam e montam tapetes coloridos no percurso em que será feita a procissão.
Para enfeitar as passagens, são feitos desenhos que lembram os símbolos católicos, como a eucaristia, o cálice e até as imagens de Jesus Cristo. Esta tradição chegou ao Brasil através dos portugueses, mas foi iniciada na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Atualmente, o costume faz parte de todas as cidades brasileiras. E, mesmo que não enfeitem as ruas, acabam fazendo as procissões, uma vez que esta é uma recomendação do Código de Direito Canônico. Sendo uma forma de testemunhar a adoração e veneração ao Sacramento da Eucaristia.