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O gênero textual ‘diário’

Os gêneros textuais são as estruturas utilizadas na composição de textos orais ou escritos, sendo ligados à sua funcionalidade, ao seu uso. Todos os textos têm como objetivo o estabelecimento de algum tipo de comunicação e possuem algumas características que permitem a sua classificação em determinado gênero textual.

Neste artigo, conheça as características do gênero textual “diário”.

O diário e as suas características

O diário é um gênero textual escrito em linguagem informal, sempre registra a data e, geralmente, tem o próprio escritor como destinatário. Normalmente é utilizado para apontar os acontecimentos importantes do dia a dia, com o objetivo de guardar as lembranças e desabafar.

No gênero textual abordado há o registro de ideias e opiniões sobre a realidade que cerca o escritor, com a expressão de sentimentos.

Dentre as características deste gênero estão:

O diário pessoal e o diário fictício

Imagem de livros e xícara em cima de mesa

Foto: Depositphotos

Diário pessoal

O diário pessoal é composto por relatos íntimos que devem ser lido apenas pelo (a) próprio (a) autor (a). Apresenta uma linguagem simples, coloquial e familiar, sem preocupações literárias.

Diário de ficção

Trata-se de uma obra literária com o formato de anotações pessoais, na qual o (a) autor (a) registra as suas emoções e vivências cotidianas.

A estrutura de um diário

Vocativo

Geralmente é iniciado com “Meu querido diário”, uma vez que não é escrito para uma pessoa específica.

Data

A data é parte essencial de um diário.

Desenvolvimento

É a parte na qual as informações serão detalhadamente registradas.

Assinatura

Para finalizar, há a presença da assinatura, que serve para evidenciar o (a) autor (a) do texto.

Exemplo de diário

“Domingo, 14 de junho de 1942
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)

Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.”

(O Diário de Anne Frank)

*Débora Silva é graduada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas).