Unindo todos esses conhecimentos e mais alguns alcançados das vastas conversas entre capitães de navios e produtores de bússola, o físico William Gilbert elaborou um globo-modelo, conhecido como “terrella”. A partir de uma rocha magnética e testou várias bússolas.
Com esse experimento foi possível perceber que os ponteiros das bússolas apontavam para o lado oposto da terrella. Isso ocorreu pelo fato de que o Norte do polo geográfico difere do Norte magnético. Sendo assim, o estudioso concluiu que a Terra tinha propriedades magnéticas e que seu interior possuía ferro, fazendo com que todo o Planeta se tornasse um enorme ímã.
Sua comprovação causou grande sensação entre o público da época, tanto que o autor do estudo defendeu suas teses. “Obtêm-se motivos mais fortes de experimentações concretas e argumentos demonstrados do que de conjecturas prováveis de opiniões de espectadores filosóficos”, afirmou.
Os pesquisadores Johannes Keller e Galileu foram os principais inspirados nas comprovações de Gilbert. Para eles, o estudo abria portas para teorias de que a Terra não era fixada em esferas orbitais em torno do sol. Mas, que o Planeta detinha uma força interior e invisível, a qual facilitava seu magnetismo.