O grupo anonymous: legião que não perdoa e não esquece

Trazendo o lema “Anonymous é uma legião. Anonymous não perdoa. Anonymous não esquece”, o grupo surgiu em 2003 com a intenção de entreter, divulgar causas, fazer reivindicações, organizar mobilizações e vigilar a internet.

Em 2008, o Anonymous começou a ficar mais conhecido pela população por ser associado ao hacktivismo, uma junção de hack e ativismo. O propósito principal é promover a liberdade de expressão e conteúdos online, chamar atenção dos governantes e dar voz a população.

Traduzindo, o nome do grupo significa “anônimos”, pois os membros não se identificam. Eles acreditam que isso não é algo necessário para realizar um protesto; na verdade, a única coisa que importa é a atuação que seu manifesto irá gerar.

Por todos os membros serem de identidades desconhecidas, o Anonymous não possui nenhum tipo de líder. A organização “se encontra” por redes sociais, blogs e fóruns online.

O grupo anonymous: legião que não perdoa e não esquece

Foto: Reprodução/ internet

A popularidade do grupo cresceu em 2008 devido à uma tentativa da igreja de boicotar um vídeo no Youtube. O material mostrava uma entrevista do astro americano Tom Cruise produzido pela Igreja da Cientologia, que acabou vazando na internet. Os membros religiosos entram com uma ação contra o site de vídeos por violação de direitos autorais e exigiam a remoção do vídeo.

O grupo Anonymous considerou essa atitude uma forma de censura e organizaram uma série de ataques hackers nos serviços onlines da Cientologia, distribuiu documentos sigilosos da seita pela internet e trotes aos centros da igreja.

A repercussão contra os membros religiosos ganhou notoriedade ainda maior quando 21 de janeiro de 2008 o protesto saiu da internet e ganhou as ruas. O “Projeto Chanology” ganhou mais de 7 mil pessoas protestando em pelo menos 100 cidades no mundo em frente a prédios da cientologia.

Desde então, o grupo já invadiu os websites do governo da Tunísia devido à censura dos documentos, governo da Malásia, em resposta ao bloqueio de websites, derrubaram 40 sites de pornografia infantil e ainda divulgaram o nome de mais de 1500 frequentadores dessas páginas, entre centenas de outros ataques.

Quando precisam sair em manifestação, os membros usavam máscaras de Guy Fawkes, popularizados no filme e HQ V for Vendetta (conhecido no Brasil como V de Vingança).

Sobre o autor

Formada em Jornalismo pela Unicap, pós-graduada em Comunicação Empresarial e Mídias Digitais pela Devry, fez intercâmbio na ETC School (em Bournemouth (UK)), professora de inglês e tem experiência nas áreas de assessoria de comunicação, produção de vídeo e foto e redação.