História,Idade Antiga

O mito da Fênix

No Egito Antigo, muitos anos antes de Cristo, surgiu o mito da fênix. Tratava-se de uma ave maior que a águia, cujas penas poderiam variar entre as cores azuis, roxas, douradas, brancas e vermelhas. Muitas pesquisas foram realizadas sobre a fênix, mas não se chegou a um consenso sobre quanto tempo duraria sua vida: alguns garantem que ela viveria mais de 90 mil anos, enquanto outros estimam que sua vida durasse em torno de 500 anos.

O mito da Fênix

Foto: Reprodução

Versões sobre o mito

Reza a lenda que, ao falecer, a fênix era devorada por chamas, e delas ressurgiria uma nova fênix, que conduziria as cinzas de seu progenitor para o altar do deus solar, que ficava na cidade egípcia Heliópolis.

Outras versões contam que, ao aproximar-se do fim de seu ciclo de vida, sentindo a proximidade da morte, a ave preparava uma fogueira funerária com ramos de mirra, canela e sálvia, e se autoincendiava espontaneamente, como numa espécie de suicídio.

Ainda existem outras narrativas, como a que afirma que, ao aproximar-se da morte, a fênix partia para Heliópolis e aterrissava no altar solar, para então ser consumida pelo fogo. Algum tempo depois ela retornaria a vida.

Outra interessante versão era a de que a fênix nada mais fosse do que um símbolo do próprio Sol, que morria incendiado ao final de cada tarde, para renascer dentre as chamas na manhã seguinte. Dentro desse ínterim, os russos a conheciam como Pássaro de Fogo, por acreditar que ela estava constantemente em chamas.

Curiosidades

Relata-se com a fênix possuía um canto muito doce e suave, que ganhava tons de grande melancolia e tristeza quando ela sentia a proximidade de seu fim. Tamanha tristeza e melancolia transmitidas em seu canto tinham a capacidade de influenciar outros animais, levando-os até mesmo à morte.

Acreditava-se, ainda, que a cinzas da fênix tinham o poder de ressuscitar alguém que já tivesse falecido.

Simbologia

Para muitos, a fênix simboliza a imortalidade, os ciclos naturais de vida e morte, o renascimento e, até mesmo, a existência de uma vida pós mortem. Era tida como um símbolo de persistência, de transformação, de recomeço e, principalmente, de esperança, como se fosse uma vitória da vida sobre a morte. Acreditava-se – e ainda acredita-se em algumas culturas – que a fênix possuía uma força sobrenatural, permitindo-lhe carregar fardos excessivamente pesados, como até mesmo um elefante. Apesar dos diversos estudos já realizados, não foram concluídas teses sobre a fênix, e seu mito acabou se difundindo não apenas no Egito, mas também na Grécia e posteriormente em muitos outros países e culturas que a adotaram e a passam a diante.