Por exemplo, um filme ambientado no século XIX em que aparecesse um computador é um anacronismo. Outro exemplo deste erro cronológico aparece no filme “Blazing Saddles”, de 1974, no qual o xerife usa jeans da grife Gucci, mesmo a história sendo ambientada no Velho Oeste norte-americano, entre os anos de 1845 a 1890. Nos dias atuais, também pode-se considerar anacrônico ter uma conversa em latim, por exemplo.
Os tipos de anacronismos podem variar de inconsistências absurdas a distorções quase imperceptíveis. É importante ressaltar que o anacronismo também pode ser usado para efeito humorístico em comédias de ficção.
O desenho animado “Os Flintstones”, de Hanna-Barbera, é um exemplo clássico de anacronismo, com o uso de utensílios modernos por uma família que vive no período da Idade da Pedra.
O anacronismo pode ser considerado uma ferramenta interessante no campo das artes, mas torna-se um problema para o estudo da História e deve ser evitado em qualquer pesquisa. Em pesquisas e em salas de aulas, pesquisadores e alunos precisam ter o cuidado de não tecerem questionamentos ou comentários sobre fatos ocorridos no passado com base em valores atuais.
Por exemplo, os conceitos de igualdade e democracia como conhecemos hoje foram concebidos tempos depois de fatos ocorridos há séculos. Portanto, é um grande erro empregar os conceitos de uma época para analisar fatos de outro tempo. O anacronismo é um desafio para estudiosos justamente pelo fato de ser difícil compreender determinados pensamentos e conceitos antigos sob o ponto de vista da atualidade.
Por fim, o anacronismo pode ser compreendido de maneira resumida como sendo o deslocamento de ideias no tempo, e deve ser levado em consideração quando olhamos o passado e desejamos entendê-lo verdadeiramente, sem equívocos.