Contudo, independentemente do tipo deste problema ele surge no indivíduo através de uma disfunção no Sistema Nervoso Central (SNC) ou por meio de uma lesão adquirida ao longo da vida. “A disfunção resulta no desenvolvimento anormal da habilidade de escrever. Como se trata de uma disfunção do SNC, a disgrafia pode atingir todas as classes sociais e se a criança não recebe a devida estimulação o problema tende a se agravar”, alerta a psicanalista.
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Levando em consideração as informações da psicopedagoga Deborah Ramos, a disgrafia possui algumas características como:
“A criança disgráfica tem o desenvolvimento intelectual normal. No entanto ela é incapaz de produzir uma escrita culturalmente aceitável, e isso acaba interferindo em toda a sua produção e aproveitamento acadêmico”, complementa.
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Segundo Deborah Ramos, ao perceber tais sinais tanto os pais como a escola precisam tomar algumas atitudes. Promover intervenções na vida do indivíduo de forma precoce é uma maneira de amenizar os resultados da disgrafia. Por exemplo, é importante que os responsáveis e os professores evitem repreender os erros e enfatizem as conquistas.
Na escola, por sua vez, as crianças com esse problema podem ser estimuladas a se expressarem de forma oral, mas também devem ser incentivada a produzirem diferentes materiais como artes plásticas.
Além disso, o paciente precisa “iniciar tratamento psicopedagógico que dê enfoque à estimulação linguística global e atendimento individualizado complementar a escola”, recomenda a especialista que exemplifica quais seriam os outros papéis da escola e dos pais: “promover situações prazerosas em que a criança utilize a escrita, como escrever pequenos recados, fazer convites e escrever postais; incentivar a realização de atividades como contornar figuras, pintar dentro dos limites, ligar pontos, seguir tracejados, dentre outros exercícios que estimulem o desempenho motor.”