É importante sublinhar a importância da era dos descobrimentos e sua expansão, entre os séculos XV e XVI, quando os portugueses levaram a língua a diversas regiões dos continentes africano, asiático e americano. Ao partir do ocidente lusitano, a língua portuguesa espalhou-se pelas regiões do Brasil, Guiné´-Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique, República Democrática de São Tomé e Príncipe, Macau, Goa, Damão, Diu e Timor, além das ilhas atlânticas Açores e Madeira.
A partir daí, a língua passa por mudanças menos significativas, como a incorporação de palavras vindas de outras línguas. Durante a fase em que Portugal foi governado pela Espanha (1580-1640), o idioma incorporou vocábulos castelhanos. Outro fato considerável foi a influência francesa no século XVIII, resultando no afastamento do português da metrópole daquele falado nas colônias.
O vocabulário da língua portuguesa recebeu novas contribuições nos séculos XIX e XX, com a incorporação de termos de origem grego-latina e do inglês. Devido à grande quantidade de novos vocábulos incorporados à língua, no ano de 1990 foi criada uma comissão, composta por representantes dos países de língua portuguesa, com o objetivo de uniformizar a língua. Os representantes assinaram um Acordo Ortográfico e, em 1995, Brasil e Portugal aprovaram oficialmente o documento, que passou a ser reconhecido como Acordo Ortográfico de 1995.
O Primeiro Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa ocorreu em 1998. Nele, estabeleceu-se que todos os membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) deviam ratificar as normas propostas no Acordo Ortográfico de 1995. Em 2004, houve a aprovação de um Segundo Protocolo Modificativo.
Em 2008, Portugal finalmente aprovou o Acordo Ortográfico. No Brasil, o novo acordo vigora oficialmente desde 1º de janeiro de 2016.