Os ícones eram bastante utilizados com a finalidade de divulgar as narrativas e os valores do cristianismo. A partir do século VI, ocorria um enorme fenômeno de adoração de imagens (iconolatria) nos domínios do Império Bizantino. No entanto, no século VIII, os cristãos orientais começaram a questionar o uso das imagens no cristianismo.
A crença dos iconoclastas era de que as imagens sacras seriam ídolos e, consequentemente, a veneração desses ícones seria idolatria. Sabe-se que o primeiro levante iconoclasta ocorreu em 730, quando o imperador Leão III, o Isáurio, ordenou a proibição da veneração de ícones, medida que resultou na destruição de mosaicos, estátuas de santos, pinturas, ornamentos nos altares de igrejas, dentre outras obras de arte.
O principal interesse da ordem dada pelo imperador bizantino era purificar o cristianismo e reduzir a influência dos monges responsáveis pela fabricação das imagens. Para o imperador Leão III (717 a 741), os indivíduos deviam adorar somente Deus e desprezar as imagens.
No ano de 754, 24 anos depois, o iconoclasmo foi oficialmente reconhecido pelo Concílio de Hieria, apoiado pelo imperador Constantino V. Sem a participação da Igreja Ocidental, o concílio foi desaprovado pelos papas e provocou um novo cisma.
No ano de 787, a imperatriz Irene, viúva de Leão IV, o Cazar, convocou o Segundo Concílio de Niceia, responsável por aprovar o dogma da veneração dos ícones. No entanto, a ascensão de Leão V, o Arménio, ao trono renovou a iconoclastia.
Somente na metade do século IX que uma nova interpretação dos ícones possibilitou o fim da prática de sua destruição.