Saiba o que é a Jurema Sagrada e entenda sua ligação com a cultura indígena

Antes dos portugueses chegarem ao Brasil, os índios já habitavam as terras brasileiras e tinham suas próprias maneiras de viver em comunidade. Divididos em tribos e distribuídos pelo território nacional, muitos dos grupos se concentravam nas regiões Norte e Nordeste. Nestas áreas, entre as diversas formas de se trabalhar a cultura, os indígenas possuíam religiões próprias.

Dentre as diferentes doutrinações, o culto à Jurema Sagrada era um destaque para os índios. A planta, de nome científico Acacia Jurema mart., é bastante comum no Nordeste brasileiro e as tribos que viviam por lá tinham adoração a árvore. Os tupis e os cariris são os dois exemplos de grupos indígenas que mais cultuavam.

Como ocorriam os cultos à Jurema Sagrada?

O que é a Jurema Sagrada?

Foto: depositphotos

Todas as pessoas iniciadas na Jurema recebem o nome de juremeiras e elas tem suas raízes mais precisamente na Paraíba, Rio Grande do Norte e no Sertão pernambucano. Nos primórdios, os índios cultuavam os espíritos de antigos pajés até conseguir invocações nos religiosos. Além disso, tinham a capacidade de realizar trabalhos voltados para os encantamentos dos rios e das matas.

Conhecedores dos benefícios das plantas, os índios trabalhavam a cura através das árvores. A Jurema, em especial, tem poderes curativos em todas as suas partes, como raiz, casca, folhas e sementes. Por isso a planta passou a ser utilizada como uma linha de trabalho, dos mestres e dos encantados da Jurema.

A Jurema atualmente

Com o passar dos anos, o Brasil foi recebendo novos povos, como os europeus e logo depois os africanos. A presença do catolicismo dos portugueses e das religiões africanas passaram a influenciar nos costumes e rituais da Jurema. Outras divindades começaram a compor as ritualísticas desta religião e por isso ela é conhecida como uma doutrina afro-ameríndia.

Trata-se, portanto, de uma religião propriamente brasileira, mas que de certa maneira recebeu influência de outras manifestações religiosas. Por esta razão, poucas pessoas conseguem diferenciar esta doutrina das demais, mesmo que elas sejam diferentes e tenham raízes distintas.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.