No modelo de cibernarrativa abordado por Lúcia Leão, ocorrem as leituras não-lineares ou multi-lineares, ou seja, diversos entendimentos sobre uma mesma narrativa. A professora propõe uma ambientação sobre o uso dessas tecnologias, uma vez que as informações chegariam ao leitor através de gadgets.
As cibernarrativas possibilitam a discussão dos conceitos das novelas fugindo dos trabalhos lineares e com linguagens superficiais, ampliando as possibilidades das maneiras de contar histórias.
Este conceito apresenta a possibilidade de interação das pessoas que recebem a mensagem e, assim, torna-se possível a discussão desde a forma da construção até a mensagem final, o que é uma contribuição com a obra.
Ao tentar encontrar as propriedades das narrativas no ciberespaço, a professora Lúcia Leão esclarece que o ponto comum entre elas é a fundamentação no modelo de hipertexto. O foco das cibernarrativas é a possibilidade de múltiplos pontos de vista, sendo que a conexão de ideias no modelo de hipertexto permite a leitura de forma não-linear, o que contribui para a criação de uma rede de significações. Ao imergirmos no ciberespaço, a intenção é entrelaçar conceitos e conseguir a formação de um novo ambiente que una a linguagem teatral e a cibernética, onde há possibilidades infinitas.
Desta maneira, a cibernarrativa é um conceito que recontextualiza a maneira de se contar histórias, a partir de ressignificações pelo uso da rede e a redefinição da utilização da dispositivos.