Enquanto isso, Nixon seguia forte com sua campanha à reeleição, fato que acabou se confirmando de maneira esmagadora.
O assalto à sede dos Democratas passaria despercebido se não fosse a atuação ousada e insistente de dois repórteres do jornal americano Washington Post. Bob Woodward e Carl Bernstein passaram a investigar mais a fundo a contratação desses cinco invasores da sede dos Democratas e acharam ligações entre o ato criminoso e a Casa Branca.
Isso foi o pontapé inicial para a investigação que culminaria na descoberta de que o crime foi encomendado diretamente da Casa Branca e que o presidente recém-eleito Richard Nixon não só sabia de tudo, como havia provas contundentes da sua participação.
Em 1974, Nixon foi julgado pela Suprema Corte dos Estados Unidos e foi obrigado a apresentar gravações oficiais de telefones nos quais comprovava o seu envolvimento com o assalto à sede dos Democratas.
Depois desse fato, antes que se abrisse um processo de impeachment, o então presidente renunciou e foi substituído pelo seu vice, Gerald Ford, que deu anistia a Nixon para que o mesmo não fosse condenado pela espionagem.
Durante muitos anos, os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein do Washington Post mantiveram em sigilo a identidade da sua fonte principal e somente em 2005 ela foi revelada: era W. Mark Felt, ex-vice-presidente do FBI que durante as reportagens da dupla foi identificado somente como “Garganta Profunda”.
Esse caso foi tão emblemático que ganhou até uma adaptação no cinema em ‘Todos os Homens do Presidente’, que ganhou quatro Oscar. Outras obras também fizeram alusões ao mistério que envolvia a identidade do ‘Garganta Profunda’ (obviamente antes do mesmo ser verdadeiramente revelado).