Vale ressaltar também que não é sempre que isto acontece. Por esta razão, a curiosidade é ainda maior, tendo em vista que enquanto algumas aeronaves deixam os rastros bem visíveis, outras passam e não fazem o mesmo efeito. Então, fica este questionamento.
Temperatura, altura e umidade. Estas são três das características primordiais que precisam existir para que o avião consiga deixar o rastro no céu, sem as medidas corretas destes aspectos não há a possibilidade das marcas brancas aparecerem. Por exemplo, todo avião possui turbinas que escoam vapor d’água quando as aeronaves estão em movimento, e são esses vapores que congelam na atmosfera e formam os cristais de gelo. Estes elementos, vistos daqui da Terra, parecem linhas suspensas.
Mas, se todos os aviões liberam estes vapores por que apenas alguns deixam os rastros? Para responder esta pergunta, voltamos para as três características do início, isto é, a temperatura, altura e umidade do ar. Para as marcas brancas existirem, é preciso ter, pelo menos, 35°C negativos. Esta temperatura, por sua vez, só está disponível a 10 km de altura nas zonas temperadas ou equatoriais, ou a 5 km em regiões mais frias. Também é necessário que a umidade do ar esteja com 65%.
Contudo, nada adianta ter todas estas condições climáticas se o céu não estiver com poucas nuvens. Isto porque, as marcas brancas só podem ser visualizadas se estiverem no céu azul limpo. Caso o contrário, serão camufladas pelas nuvens também brancas.
Na maioria das vezes, os rastros são formados e em poucos minutos vão sumindo. Este processo é devido ao descongelamento dos cristais, que vão desfazendo o caminho das marcas. Todavia, existem casos que duram horas, mas só ocorrem quando no céu já existem cristais formados e que se unem aos de origem dos aviões.