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Acredita-se que as zoonoses começaram a surgir logo após a humanidade deixar de viver de maneira nômade e dominar a agricultura e a pecuária, já que isso fez com que pessoas se estabelecessem em locais fixos e alterassem o ambiente de diversas maneiras.
Atualmente, o aparecimento de novas zoonoses se dá principalmente pela alteração do meio ambiente, como a construção de estradas através de florestas ou surgimento de comunidades dentro desse tipo de lugar já que isso aproxima as pessoas do ambiente natural de diversas doenças.
As zoonoses podem ser transmitidas de diversas maneiras, podendo ser contraída de maneira direta através da urina, pelos, patas, fezes ou saliva de animais domésticos ou selvagens; ou de maneira indireta, através de uma picada de um mosquito ou outro inseto, principalmente hematófago, que tenha picado um animal hospedeiro de uma zoonose.
Apesar de existir uma lista extensa de doenças que são consideradas zoonoses, há aquelas que são mais comuns e/ou populares por sua gravidade. São elas:
A higiene pessoal e dos seus animais de estimação, bem como do ambiente onde você vive, somado a visitas periódicas ao veterinário podem diminuir bastantes os riscos de contrair uma zoonose.
Como diz o velho ditado,”é melhor prevenir do que remediar”. Felizmente, para os casos de zoonoses, existem vários hábitos que, se seguidos, vão livrar você e sua família, bem como seu animalzinho de estimação, de doenças. São alguns dos principais cuidados:
Também chamada de hidrofobia, a raiva é talvez a zoonose mais famosa. Ela é retratada com a figura de um cão raivoso com a boca espumando. Apesar de existir uma vacina contra a doença, ela só é efetiva nos primeiros dias após a infecção. Em alguns casos, a pessoa pode acabar nem sentindo o momento em que é infectada, como acontece nos casos onde o contágio acontece por mordidas de morcegos hematófagos.
Após alguns dias, a infecção chega ao cérebro e a doença passa a ser considerada fatal. Felizmente, em 2004, um tratamento experimental onde o paciente é colocado em coma induzido para que a infecção não se espalhe e são administrados antivirais para combater a enfermidade se mostrou eficiente, por ter curado Jeanna Giese, que na época tinha 15 anos. O tratamento ficou conhecido como Protocolo Milwaukee e foi criado pelo pediatra especialista em infecções, Rodney Willoughby Jr.
Em 2009, foi noticiado o primeiro caso de cura da raiva no Brasil. O jovem Marciano Menezes da Silva, que vive em Floresta, cidade que fica no sertão de Pernambuco, foi mordido por um morcego e após os médicos do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, que fica na capital do estado, seguirem o Protocolo Milwaukee, conseguiram curar o jovem após ele passar 11 meses internado.