O prólogo tornou-se frequente nos textos dramatúrgicos dos séculos XVII e XVIII, geralmente em forma de verso. Quando a peça estava prestes a começar, um ator ou narrador recitava um texto dirigido ao público, produzido pelo dramaturgo. Não raro, o intérprete também tecia comentários satíricos ou refletia acerca dos temas da própria peça.
Nesta época havia certa familiaridade intrínseca nas intervenções, que revelava uma identificação social e ideológica com a plateia, quase exclusivamente formado por nobres, fato especialmente perceptível no período da Restauração de Carlos II de Inglaterra.
Por ter essa função de apresentação no teatro, o prólogo também passou a ser utilizado na narrativa literária, servindo para denominar um texto que precede ou apresenta uma obra.
O prólogo pode ser elaborado pelo próprio escritor da obra em questão ou por um terceiro. Por ser a parte inicial do acontecimento, vem antes do primeiro capítulo do livro, ao contrário do epílogo, que vem após o último capítulo.
Muitas obras literárias não apresentam um prólogo, no entanto, trata-se de uma parte importante de um livro, uma vez que permite orientar o leitor na compreensão das intenções do escritor. Além disso, serve para que o autor também possa oferecer ao leitor alguns dados sobre o seu processo de criação.
No caso de o prólogo ser escrito por outro autor, comumente ele deve apresentar o escritor, caracterizar a obra e realizar uma breve análise critica da mesma. É importante ressaltar que o prólogo sempre será escrito após a finalização da obra. A escolha do responsável por este texto inicial é de responsabilidade do criador da obra em questão ou dos editores.