A data foi celebrada pela primeira vez naquele mesmo ano de 1971, e a ideia se espalhou por outros movimentos socais de luta contra discriminação racial. A partir de 1978, com o surgimento do Movimento Negro Unificado no país, a data passou a ser nacional.
O Dia Nacional da Consciência Negra lembra a morte do líder Zumbi dos Palmares, que lutou pela libertação dos negros escravizados durante o período colonial no Brasil. A data é uma forma de homenagear o líder na época dos quilombos, fortalecendo mitos e referências históricas da cultura e trajetória negra no país.
A data também é utilizada para refletir sobre o relevo da cultura e do povo africano, bem como a sua importante influência na cultura brasileira. Várias cidades do país decretam feriado no dia e realizam uma série de eventos, como fóruns, debates e programações culturais.
O Dia da Consciência Negra também é considerado como uma ação afirmativa de promoção da igualdade racial e uma referência para a população afrodescendente dedicada à reflexão sobre as consequências do racismo. Assim sendo, a data tem uma orientação comemorativa, mas também está voltada à afirmação da consciência política, da pertença étnico racial e da reivindicação dos direitos da população afro-brasileira.
Considera-se que a assinatura da Lei Áurea não trouxe a verdadeira libertação, uma vez que foram construídas outras formas de opressão e negação do direito à cidadania aos negros. Neste contexto, a celebração da memória de Zumbi dos Palmares no dia 20 de novembro também teria como objetivo lembrar que a abolição foi um processo inconcluso e só seria completo pela participação do movimento negro.