Textos como “The vampyre”, de John Polidry, e Carmilla, de Sheridan Le Fanu, são anteriores ao personagem de Stoker que, em 1897, juntou tudo o que sabia sobre os vampiros, a partir de lendas e produções anteriores, acrescentou mais alguns detalhes e criou o Conde Drácula.
Em “The vampyre” (publicado em abril de 1819 no New Monthly Magazine), Polidory já havia moldado o vampiro como o conhecemos hoje: rico, nobre e sedutor. Stoker manteve essas características e escreveu outras, como o vampiro só dormir em terra nativa, ter medo de espelho e possuir certa ligação com o morcego. A religião também já aparece em Drácula, com a utilização de crucifixos, orações e citação de trechos bíblicos, que serviriam para combater o vampiro.
O conto de Polidory foi várias vezes erroneamente atribuído a Byron, mas este não chegou a escrever nenhuma história das criaturas, embora haja referências ao tema em seu poema narrativo “The Giaour”, fragmento de um conto turco de 1813. Além de Byron ser chamado de “gentleman-vampyre” por Tristan Corbière, reza a lenda que Polidory teria colocado algumas das características do amigo no seu personagem Drácula.
Em 1976, Anne Rice escreveu “Entrevista com o Vampiro”. Na obra, a autora levanta questões morais que anteriormente não foram expressas no universo vampiresco e aborda mais a questão religiosa.
O vampiro é um ser fictício que desperta o fascínio nos escritores ao longo do tempo, e o elemento sexual foi explorado em diversas obras.
1816 – “Fragmento de um relato”, de Lord Byron
1819 – “O Vampiro”, de William Polidori
1821 – “Vampirismo”, de Hoffmann
1835 – “Viy”, Nikolai Gogol
1841 – “O Vampiro” e “A Família de Vurdulak”, Alexei Tolstoi
1842 – “O retrato oval”, Edgar Allan Poe
1849 – “A dama pálida”, Alexandre Dumas, pai
1864 – “Fantasmas”, Ivan Turgueniev
1872 – “Carmilla”, Sheridan Le Fannu
1886 – “O Horla”, Guy de Maupassant
1897 – “Drácula”, Bram Stocker