Física

Ondas gravitacionais

Ao falarmos em gravidade, diretamente associamos à Isaac Newton e sua maçã que, apesar de não existir prova de ter realmente acontecido essa cena, levou o cientista a compreender que tanto o movimento que a fruta realizou quando a Terra, estariam sobre o mesmo efeito da mesma força, chamada de Força Gravitacional. Essa força, além de atrair os corpos na superfície da Terra, é também responsável por influenciar o movimento dos astros no universo.

Ondas gravitacionais

Foto: Reprodução

Teoria da Relatividade Geral

Isaac Newton, no entanto, ao descobrir a ação da força gravitacional, acabou por ignorar algumas questões, como por exemplo, como a força da gravidade é transferida de um corpo para o outro? De acordo com ele, a ação era instantânea e à distância, com algum motivo desconhecido e sem meios de condução. Para entender melhor sua percepção, de acordo com seus pensamentos, se a lua desaparecesse, imediatamente as marés sofreriam os efeitos, baixando nos locais onde estavam altas.

O cientista Albert Einstein, tendo visto essas dúvidas, começou a pesquisar e, na Teoria da Relatividade Geral, pode concluir que espaço e tempo são ligados intimamente, de forma que a força gravitacional não poderia ser pensada sem ser em quatro dimensões, que seriam as três do espaço, que envolvem a altura, a largura e a profundidade, e a terceira que é o tempo. Com isso, Einstein utilizou-se do conceito de campo gravitacional, uma região que, caso seja colocado um corpo de prova, estará sob a influência da gravidade.

Ondas Gravitacionais

No ano de 1974, os cientistas descobriram um pulsar binário que perdia energia mais rápido do que o previsto, e concluíram que essa perda ocorria devido às ondas gravitacionais que são consequências do sistema. Para exemplificar, podemos imaginar um menino amarrando duas maçãs, uma em cada ponta de uma linha, e começando a girar. Quando próximo à água, o menino encosta as maçãs na superfície da água, produzindo ondas que poderiam ser percebidas, assim como a sua origem.

Interferometria

Em busca da detecção das ondas gravitacionais, diversos estudos têm sido realizados, e uma das técnicas que tem obtido mais progressos é a Interferometria. Seu fundamento baseia-se na interação de uma onda gravitacional com dois braços perpendiculares de um interferómetro, induzindo variações pequenas em seu comprimento, que podem ser medidas por meio do padrão de interferência resultante da recombinação da luz propagada no instrumento.

Existem diversos interferómetros, pequenos e grandes, que são usados em estudos ao redor do mundo. Acredita-se que, os anos que virão, serão essenciais para observação dessas ondas. A impossibilidade de detecção pode ocasionar em consequências para os princípios da física que, segundo acreditamos, regulam o universo em que vivemos.

As ondulações decorrentes do Big Bang

Recentemente, cientistas captaram ondulações cósmicas que podem ser provenientes do Big Bang, com efeitos captados tanto na radiação cósmica de fundo, quanto na forma como as estruturas se formaram e se organizaram no Universo. De acordo com o professor do Departamento de Astronomia da USP, José Ademir Sales de Lima, em entrevista à Revista Galileu, as ondas gravitacionais captadas podem ser consideradas mais uma prova da ocorrência do Big Bang.