Meio que indiretamente, os ovos de galinha passaram a ser presenteados na Páscoa. Isto ocorreu devido a um fato que sucedeu no século XII e que envolveu Luís VII, rei da França. Nesta época, ao voltar da Segunda Cruzada -luta que ocorria no mesmo período do jejum da Quaresma- foi recebido com festa pelos povos. O superior da Abadia de St. Germain-des-Près resolveu presentear aos pobres com metade dos produtos conquistados nas terras exploradas, a exemplo de vários ovos.
Já no século XV, o rei Luís XI foi obrigado pela igreja para proibir o consumo de ovos de galinha durante a Quaresma, período em que as pessoas deveriam fazer a penitência. Desta forma, a população foi obrigada a se presentear apenas no Domingo de Páscoa após a missa. O tempo foi passando e as pessoas mais ricas presenteavam os demais com ovos requintados, muitas vezes recoberto de ouro. Os nobres, por sua vez, banhavam os ovos de ouro e presenteavam seus súditos mais queridos.
Quem inventou a moda calórica dos presentes de Páscoa à base de chocolate foram os franceses. Eles esvaziavam os ovos de galinha e os recheavam com chocolate. Finalizavam o presente com uma pintura colorida por fora. Mais tarde, os pais acabaram criando um costume de preparar os ovos e escondê-los no jardim para que as crianças procurassem os presentes deixados pela famosa figura do coelhinho da Páscoa.
Mesmo com essas novas formas de presentear, em muitos lugares do mundo ainda há a preservação da tradição feita com ovos de galinha. Um exemplo que pode ser citado é o caso da Bulgária, que depois de receber a bênção distribuem presentes aos familiares da forma feita pelos povos antigos.