“Podemos até discutir uma flexibilização da nossa proposta, mas se é uma negociação, demanda que o governo responda a nossa pauta”, diz o coordenador-geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Rogério Marzola. “Têm sido recorrentes os cortes de energia elétrica. As instituições não estão conseguindo sequer bancar as contas mais básicas”, diz. Os técnicos estão parados, segundo a Fasubra, em 62 instituições.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) aderiu à greve há 43 dias. A entidade representa tanto os professores quanto os trabalhadores técnico-administrativos dos institutos federais. Segundo o sindicato, a paralisação atinge 240 escolas em 25 estados.
“O plano de expansão do governo está parado e a precarização está avançando. Os institutos, assim como as universidades, estão fazendo sorteio de que conta vão pagar no fim do mês”, diz o coordenador geral do Sinasefe, Carlos Magno.
Os trabalhadores negociam benefícios e a questão salarial com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, junto dos demais servidores do Executivo. As reuniões ocorrem desde março. No final de junho, o governo apresentou uma proposta de reajuste aquém da demandada pelos servidores, que foi rejeitada por unanimidade. Sobre a previsão de apresentação de uma nova proposta, a pasta diz que ainda não há definição sobre o assunto.
As entidades também se reúnem com o Ministério da Educação (MEC). Em nota divulgada na última sexta-feira (21), o MEC diz que o esforço do governo federal tem sido “incansável para garantir o diálogo contínuo e a solução para a greve”. A pasta diz ainda que a greve dos servidores federais preocupa muito, principalmente por causa dos alunos que estão sem aula. “O MEC e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão têm trabalhado em conjunto para restabelecer a atividade acadêmica”, informa a nota.
*Da Agência Brasil