A Unidade Real de Valor (URV) surgiu, de início, promovendo a conversão dos salários e benefícios previdenciários, de forma que uma neutralidade distributiva viesse a existir a partir dessa ação.
A última etapa e, finalmente a mais decisiva do Plano Real, veio em 30 de junho de 1994. Nessa data foi editada a Medida Provisória que colocava em circulação no país uma nova moeda: o Real.
Políticas monetária e cambial foram os pilares desse período econômico. A primeira era empregada como mecanismo para controlar os canais de pagamentos – saldo da balança comercial, de capital e de serviços. Já a segunda serviu para estabilizar as relações comerciais do Brasil com o mercado externo.
Os valores do real e do dólar foram equilibrados, por meio de uma política de intervenção. Foi através dessa que o governo passou a vender dólares e elevar as taxas de juros nos períodos de economia pressionada. O capital especulativo estrangeiro foi atraído pelas elevadas taxas de juros, o que fez com que as reservas cambiais fossem ampliadas. Entretanto, isso causou relativa dependência da política cambial. Passadas algumas crises internacionais, determinadas práticas econômicas foram alteradas. Entretanto, a moeda permaneceu estável.