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Biologia: Pesquisadores brasileiros da USP descobrem planta que pode curar o vírus HIV

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), conhecida por sua sigla internacional, Aids, é uma doença causada pelo vírus HIV, que pode ser contraído através de relações sexuais, transfusões de sangue, amamentação (caso a mãe ou ama de leite esteja infectada) e pelo uso de agulhas hipodérmicas, seringas e instrumentos cortantes não esterilizados usados em mais de uma pessoa.

Ao contrário do que considerável parcela da população pensa, ninguém morre de Aids; a enfermidade se não tratada vai gradativamente destruindo o sistema imunológico, o que acaba por torná-la um gatilho para o aparecimento de várias outras doenças que acabam enfraquecendo o corpo e levando à morte.

Apesar de existir um tratamento, ele serve apenas para retardar o desenvolvimento da doença e, consequentemente, aumentar a expectativa de vida do portador do vírus. Embora ainda não exista uma cura para a enfermidade, a humanidade está cada vez mais perto de ver essa realidade mudar e, muito provavelmente, o Brasil terá um papel muito importante nessa descoberta.

Pesquisadores brasileiros encontram planta que pode curar o HIV

Imagem: depositphotos

Pulchellina para cura da Aids

A pulchellina é uma proteína encontrada na Abrus pulchellus tenuiflorus, uma espécie vegetal encontrada nas regiões tropicais e sub-tropicais da Ásia, África e America do Sul, vem sendo estudada por pesquisadores do campus da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, e também por cientistas americanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual da Louisiana, do NIH AIDS Research and Reference Reagent Program e ainda do Departamento pediátrico da Faculdade de Medicina de Harvard.

Após alguns experimentos, os pesquisadores viram que a pulchellina, que é uma substância tóxica, foi capaz de combater células infectadas pelo vírus HIV.

Os estudos foram executados pelo doutorando em física biomolecular do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Mohammad Sadraeian, que juntando a proteína com anticorpos, fez com que a substância fosse guiada diretamente para os glóbulos brancos infectados, fazendo com que eles fossem combatidos pela ação tóxica da proteína e com que os leucócitos saudáveis não fossem atingidos.

A pulchellina já vinha sendo estudada pelo orientador de Mohammad, Dr. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães. Segundo ele, a pesquisa ainda está em uma fase experimental com células infectadas e ainda serão necessários vários anos de estudo para que a substância possa ser submetida a restes em animais e humanos e assim, futuramente, se transformar em remédio.

Ainda de acordo com o orientador da pesquisa, a planta não deve ser consumida livremente pela população em hipótese nenhuma, uma vez que, dependendo da dose, a ingestão pode causar a morte de quem a ingeriu.