Os turbelários são platelmintos de vida livre, como as planárias de água doce. As planárias são animais hermafroditas, com autofecundação rara. Na região anterior do corpo existem dois ocelos, estruturas sensoriais capazes de perceber a luz, mas que não formam imagens. Durante a cópula desses animais, dois indivíduos se unem e trocam espermatozoides e depois se separam. Após a fecundação, um ou mais zigotos ficam protegidos em cápsulas que são liberadas pelo poro genital. Estas fixam-se ao substrato e delas eclodem planárias jovens. As planárias também podem se reproduzir assexuadamente por fissão transversal.
Os trematódeos são platelmintos parasitas que apresentam uma ou duas ventosas usadas na fixação ao corpo do hospedeiro. Quando existem duas ventosas, uma localiza-se ao redor da boca e a outra fica em posição ventral. O revestimento do corpo é modificado e desempenha papel importante na proteção do animal contra substâncias produzidas pelo hospedeiro. Na superfície corpórea há absorção de nutrientes, principalmente aminoácidos, por pinocitose e também ocorrem trocas gasosas e liberação de excretas.
Um exemplo de trematódeo é um parasita humano que se destaca no Brasil chamado Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose ou esquistossomíase. Essa espécie é uma das poucas entre os platelmintos que apresentam sexos separados e dimorfismo sexual, ou seja, é possível reconhecer machos e fêmeas pelo aspecto externo do corpo. Durante o ciclo de vida deste parasita há a necessidade de um hospedeiro intermediário, um caramujo do gênero Biomphalaria.
Os cestódeos são platelmintos parasitas, representados principalmente pelas tênias (parasitas intestinais). Eles não têm boca nem demais estruturas do sistema digestório, os nutrientes são obtidos apenas por pinocitose ou por absorção através do revestimento do corpo. Este é modificado com características que possibilitam não só a absorção de nutrientes, como também proteção contra as substâncias produzidas pelo hospedeiro. As espécies mais importantes para o ser humano são: Taenia solium e Taenia saginata. Esses animais podem atingir no intestino humano até 10 m de comprimento. Pelo fato de geralmente existir apenas um indivíduo no corpo do hospedeiro, as tênias são chamadas também de solitárias.
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