Diferentemente do que muita gente pensa, a origem da poluição radioativa não é apenas a usina nuclear, local em que se gera energia por meio de fissão radioativa. Este tipo de poluição também pode ocorrer através de agentes bacteriológicos, como nos casos em que os adubos são mal acondicionados; ou por causa de esgotos não tratados, gerando bactérias e vírus. A poluição radioativa também pode vir através de agentes químicos que contaminam o solo, como detergentes não-biodegradáveis, inseticidas caseiros e outros produtos.
Dentre os principais elementos radiativos, podemos citar o iodo 131, o plutônio 239, o estrôncio 90, o urânio e o cobalto. O estrôncio 90 é, dentre os vários poluentes radioativos, um dos mais perigosos. Além de ter uma meia-vida relativamente alta, este é um elemento radioativo metabolizado pelo organismo de forma parecida ao cálcio. O estrôncio 90 pode ser adquirido pelo consumo de leite e ovos contaminados, aloja-se nos ossos e a sua radioatividade pode alterar a produção de células sanguíneas pela medula óssea, podendo levar o indivíduo a uma forte anemia ou até mesmo à leucemia.
O iodo radioativo (l129; l131) é outro poluente perigoso, alojando-se especialmente na tireoide, reduzindo a atividade desta glândula e podendo provocar processos de cancerização. Após o vazamento da usina nuclear de Chernobyl (Ucrânia), em abril de 1986, o consumo de leite natural e de determinados legumes foi proibido, não apenas na região diretamente afetada, mas em áreas vizinhas, como a Itália e Polônia. Atualmente, as usinas são bastante controladas e cuidadas, sendo que vazamentos e outros problemas acontecem apenas em casos extremos, como nos tsunamis no Japão, por exemplo.