Esse tipo de tradição é seguida com certa ênfase pelas pessoas de mais idade. Na maioria das vezes já veio de uma época que as tradições e ensinamentos religiosos ocupavam lugar de destaque perante a sociedade. Hoje em dia, dado pela agitação com que muitas pessoas levam a vida, essa e muitas outras tradições vêm se perdendo no tempo.
Segundo o que era difundido pela sabedoria popular em relação a proibição do consumo de carne vermelha na Sexta-feira Santa, o alimento fazia alusão ao sangue derramado por Cristo para salvar o povo dos pecados.
É como se abster-se desse alimento estaria unindo ao sacrifício e ao amor de Cristo. Nesse caso, o alimento que foi tomando como substituto foi o peixe.
Veja também: A origem da celebração da Paixão de Cristo [1]
Na história religiosa através dos tempos, o peixe acabou assumindo posição de destaque, tanto que passou a figurar como símbolo adotado pelos primeiros cristãos.
Ichthys, em grego, significa peixe e ao mesmo tempo são as iniciais da expressão “Jesus Cristo, filho de Deus e Salvador”. Essa expressão foi usada nos primeiros tempos do cristianismo quando os fiéis eram perseguidos.
Sobre o jejum, os ensinamentos passados por Santo Tomás de Aquino explica que o “jejum foi estabelecido pela Igreja para reprimir as concupiscências da carne, cujo objeto são os prazeres sensíveis da mesa e das relações sexuais”.
Esse ensinamento surgiu em uma época que a abstenção da carne era uma prática seguida também na quarta e não era restrita só a carne, mas também ovos e laticínios.
Veja também: Páscoa: conheça a origem da data, a tradição do ovo de chocolate e do coelho [2]
Alguns membros da Igreja acreditam que os atos penitenciais faz lembrar da época apostólica. No entanto, não comer carne na Sexta-feira Santa iniciou-se como um costume e passou a vigorar como lei, instituída na Idade Média, o Papa Nicolau I, no século IX. Assim, a penitência passou a ser obrigatória para todos os cristãos a partir dos sete anos de idade, vista como a idade da razão.
Vale destacar que, essas ordenanças estão escritas no Código de Direito Canônico da Igreja Católica e não na Bíblia.
Veja também: O Dia de Corpus Christi [3]