Logo, quando isso se dá você tem que entender que o aumento conjugado é uma prática de alguns postos de combustíveis que aproveitam a alta do diesel e da gasolina para inflacionarem também o preço do etanol.
Porém, além da esperteza dos empresários, há também outra explicação para isso acontecer: o álcool é transportado das refinarias até os postos por caminhões.
Esses grandes veículos são movidos a diesel. Logo, quando o diesel sobe encarece a logística de transporte e, assim como sobem os insumos transportados em caminhões, sabe também o álcool.
Outro fator que também sucede é o contrário: a gasolina aumentar quando o álcool sobe. Essa explicação é mais compreensível, haja vista durante a fabricação da gasolina são usados 27% de álcool anidro. E quando o álcool sobe, acaba refletindo nos preços da gasolina, pois ele faz parte da matéria-prima.
Veja também: Qual é a diferença entre gasolina e etanol? [7]
De acordo com a Petrobrás, o preço da gasolina praticado ao consumidor é composto por três parcelas: “realização do produtor ou importador, tributos e margens de comercialização. No Brasil, esta margem de comercialização equivale às margens brutas de distribuição e dos postos revendedores de gasolina”.
Por isso, ele sofre constantes oscilações. Principalmente, depois que o valor passou a ser acompanhado pelo preço internacional. Antes, os valores eram determinados internamente e até servia para controlar a inflação.
Porém, esse comportamento acabou gerando grandes rombos no caixa da Petrobrás (além de toda a corrupção que já acometeu a estatal). Logo, houve a decisão de deixar o mercado internacional ditar o preço do petróleo produzido no Brasil.
Outra característica é que mesmo quando o barril de petróleo fica mais barato, a alta do dólar e a carga pesada de impostos brasileiros não permite que o consumidor brasileiro sinta o desconto.
Para você ter uma ideia, o preço final da gasolina é um conjunto de: 11% é o custo do etanol, 12% corresponde aos custos e lucro dos distribuidores, 45% são tributos, sendo 29% ICMS, que vai para os Estados, e 16% Cide e Pis/Cofins da União e ainda há o lucro.
Em relação ao preço dos combustíveis, a Petrobrás defende-se: “há múltiplos fatores que fogem da nossa responsabilidade, como carga tributária (municipal, estadual, federal), concorrência com outros postos na mesma região e a estrutura de custos de cada posto (encargos trabalhistas, frete, volume movimentado, margem de lucro etc.)”.
O Brasil é sede da Petrobrás [8]que extrai o petróleo, refina e comercializa a gasolina e outros combustíveis. Logo, a gasolina do Brasil vem da poderosa estatal.
Embora os preços sejam cobrados nas alturas, há um índice que coloca o Brasil em 91ª posição no ranking de países com a gasolina mais cara do planeta.
Esses dados foram levantados pela consultoria Global Petrol Prices. Segundo a pesquisa, a Venezuela tem o preço mais baixo do litro, sendo de R$ 0,04. O país tem as maiores reservas petrolíferas do mundo e enfrenta uma grave crise econômica.
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Mas nem sempre o país que é produtor de petróleo, mantém os preços baixos. A exemplo do Brasil, que é produtor e mantém o valor do litro alto, a Noruega cobra R$ 7,44 pelo litro, mesmo sendo um dos 20 maiores produtores do planeta. A explicação para a alta é que o governo mantém políticas de incentivo ao uso do transporte público.
Desta forma, os mais baratos são:
Mais caras:
O preço da gasolina aumenta de acordo com o mercado internacional, uma vez que o preço do barril é determinado pelos marcadores do exterior. Logo, a alta do dólar também influencia no preço final do petróleo. Além disso, quando os impostos sobem, os preços também oscilam.
Por todos os motivos citados anteriormente dá para entender porque a gasolina é cara no Brasil. Para resumir, os motivos são:
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Toda vez que o preço dos combustíveis sobe, o consumidor comum sofre e sente o peso no bolso. Os motoristas dos carros flex sempre ficam na dúvida de quando compensa usar o etanol ou a gasolina.
Segundo especialistas, usar álcool só compensa quando o valor cobrado pelo etanol está abaixo de 70% do valor cobrado pela gasolina. Além disso, o motorista deve saber quando optar por um outro, mesmo dentro dessa porcentagem.
Para fazer viagens longas, o motorista deve escolher a gasolina, pois ela rende mais com o motor quente. Já para percursos curtos, com motor frio, opte pelo álcool.
Se você prefere usar mesmo o álcool, saiba que é preciso renovar com maior frequência o óleo do motor, pois o etanol não é lubrificante. Contudo, se você preocupa-se com o meio ambiente, o álcool é um combustível totalmente renovável e menos poluente.