Primeira demonstração pública do telégrafo

Comunicar-se com pessoas que estão há milhares de quilômetros é a coisa mais fácil que existe atualmente. Com o advento da internet, as distâncias estão cada vez mais curtas, mesmo que as pessoas estejam em lugares extremos. Mas, nem sempre essa facilidade esteve a dispor da sociedade, antigamente, o processo de comunicação era através de cartas, que demoravam muito tempo para serem entregues ao destinatário, e assim como a internet revolucionou o mundo nessas últimas décadas, o telégrafo também teve seu momento inovador.

Antes mesmo do próprio telefone -outra grande descoberta-, surgiu nos Estados Unidos da América o telégrafo, aparelho usado para enviar mensagens de longa distância utilizando códigos para uma rápida e confiável difusão. O pai da obra foi o pintor Samuel Morse, e a primeira transmissão pública que demonstrava o funcionamento deste sistema de comunicação ocorreu em 1838.

Entretanto, antes de compreender como o telégrafo interferiu na vida das pessoas naquela época, é necessário entender como Morse chegou na criação desse protótipo e conhecer a vida do inventor, pois ela influenciou e muito essa grande descoberta do século XIX.

Primeira demonstração pública do telégrafo

Foto: Reprodução/ internet

A história de Samuel Morse

Samuel Finley Breese Morse nasceu em 1791, em Charlestown, Massachusttes, Estados Unidos. Apesar de demonstrar paixão pela arte e eletricidade, o jovem estudou na Universidade de Yale. Após formado, trabalhou como editor de Boston durante alguns meses, tempo suficiente para convencer os pais a deixá-lo estudar artes em Londres.

Na Europa, tornou-se um retratista e escultor de sucesso e, ao voltar para o EUA, estabeleceu-se em Nova Iorque, onde foi fundador e primeiro presidente da Academia Nacional de Desenho e professor de arte na Universidade de Nova Iorque. Voltou para a Europa e se interessou pelos trabalhos sobre a corrente elétrica e o magnetismo, desenvolvidos pelo físico e matemático francês André-Marie Ampère. E, em 1832, regressou mais uma vez para os Estados Unidos, onde decidiu colocar em prática a ideia de criar o telégrafo.

Como funcionava o telégrafo?

A proposta de Samuel Morse era criar um aparelho elétrico que servisse para enviar mensagens de longas distâncias através de um cabo. Sendo assim, em 1835 ele construiu o primeiro protótipo de um telégrafo, mas que só foi disponibilizado para demonstração pública em 6 de janeiro de 1838. O inventor conseguia passar a comunicação utilizando um código composto por pontos e traços, correspondendo a sinais curtos e longos, enviados de forma alternada. Essa codificação também foi criada por ele e, por isso, recebeu o nome de “alfabeto morse” ou “código morse”.

Observando essa grande invenção, o Congresso dos Estados Unidos, em 1843, concedeu ao criador uma verba de 30 mil dólares para que ele construísse a linha telegráfica eletromagnética unindo as cidades de Baltimore e Washington. Depois o cabo foi estendido entre Washington e Nova Jérsei.

Entretanto, quem acredita que a invenção beneficiou o povo e facilitou a comunicação das pessoas de forma imediata, se engana. Logo de início, as linhas telegráficas conectavam somente estações ferroviárias, depois foram utilizadas para uso oficial dos governos e, por último, para o envio de mensagens de pessoas comuns. Na prática, a possibilidade de enviar mensagens a grandes distâncias e de forma rápida, integrou as diferentes cidades dos Estados Unidos.

A luta pelo reconhecimento

Morse obteve muito sucesso com a invenção deste sistema, porém, teve que enfrentar uma grande luta pela patente desta descoberta. Em paralelo a ele, outros cientistas de diferentes países também estavam desenvolvendo essa técnica de transmissão de mensagens por cabo. Somente em 1854 o Tribunal Supremo dos Estados Unidos o reconheceu como único inventor do  telégrafo.

Samuel morreu em Nova Iorque, em 1872. Mas a sua obra constitui o sistema de comunicação mais simples e prático que foi utilizado pelas sociedades durante muitos anos. Vale ressaltar, que o uso do telégrafo só entrou em declínio por causa da ascensão do telefone, ainda no século XIX.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.