Para ser economicamente viável, o Concorde necessitava percorrer longas distâncias. Isso exigia alta eficiência no consumo de combustível. Para isso, foram utilizados motores de turborreação, com pós-combustão, desenvolvidos pela empresa britânica Rolls-Royce. O design e a pressurização da cabine permitiam voar até 18 mil metros de altura.
A aeronave era equipada com sistemas de reserva de ar que aumentavam a pressão na cabine em casos de emergência, e suas janelas eram menores que o normal, para reduzir mudanças bruscas na pressão atmosférica dentro da cabine em relação ao exterior.
Desde seu primeiro voo regular, o Concorde simbolizava o luxo e o refinamento na indústria aérea comercial, com direito até à comissárias vestidas pela costureira francesa Nina Ricci e ainda quatro chefes a bordo.
Essa aeronave também se superava na velocidade. Enquanto os aviões comercias demoravam em média oito horas para completar uma viagem entre Paris e Nova York, o Concorde só precisava de cerca de três horas e trinta minutos, com uma velocidade de cruzeiro de Mach 2,02 (aproximadamente 2.140 km/h, ou duas vezes a velocidade do som).
No ano 2000, o voo 4.590 da Air France caiu em Gonesse, França. Morreram 100 passageiros, nove tripulantes e quatro pessoas em terra. Foi o primeiro grande acidente do supersônico, causado por uma peça de titânio que se soltou de um avião que havia decolado minutos antes e fez explodir um pneu do Concorde. Um desses pedaços de borracha bateu em um dos tanques de combustível, causando um escape no depósito principal, que, por sua vez, provocou um incêndio no motor 2. O avião, que havia conseguido decolar, sofreu uma violenta queda e atingiu um hotel.