Os hormônios femininos (estrógeno e progesterona), em doses adequadas, podem agir impedindo a ovulação. Por isso são os mais eficientes métodos anticoncepcionais reversíveis que existem até hoje, e sua indicação deve ser a critério médico.
O tipo mais conhecido é o que se apresenta sob a forma de comprimido: a pílula anticoncepcional. Outro tipo de contraceptivo [8] hormonal é o injetável.
Existem várias formulações, tanto para uso mensal (uma injeção por mês) como para o uso trimestral (uma injeção a cada três meses). Seu efeito é muito semelhante ao da pílula.
Existe ainda um contraceptivo hormonal de longa duração implantado sob a pele. Tem de ser aplicado e retirado por um médico, por meio de um pequeno procedimento cirúrgico normalmente realizado no próprio consultório.
É sugerido principalmente para mulheres que já tenham tido os filhos desejados, pois se trata de um método para uso prolongado.
Depois que o pênis ejacula, os espermatozoides depositados na vagina nadam pelo útero até a parte superior das tubas, onde ocorre a fecundação. A tuba é revestida por células com cílios, cujos movimentos, juntamente com contrações musculares, levam o zigoto em direção ao útero.
O ovócito II pode ser fecundado em um período de 24 a 36 horas após ter sido eliminado do ovário. Alguns espermatozoides podem permanecer vivos no sistema genital feminino [9] por 72 horas (ou mais). Assim, uma mulher pode engravidar se tiver uma relação 72 horas antes da ovulação e até 36 horas depois.
Em caso de gravidez, a placenta produz o hormônio hCG, que mantém o corpo lúteo ativo e impede que haja menstruação e ovulação. A detecção desse hormônio na urina ou no sangue serve de método para identificar a gravidez.
Os testes de gravidez comprados em farmácia detectam o hCG na urina, em geral, 14 dias depois da concepção, mas não são infalíveis. Por isso, qualquer que seja o resultado, deve-se procurar um médico, que indicará um teste mais preciso.
A partir do terceiro mês, com a produção de progesterona e estrógenos pela placenta, o corpo lúteo degenera, e o processo torna-se independente do ovário.
O fato da menstruação não ocorrer no fim do ciclo pode indicar gravidez, mas também pode ser apenas um atraso causado por algum problema. Por isso, é preciso que o médico realize exames de sangue para verificar se a mulher está de fato grávida.
» BITTAR, Roseli Saraiva Moreira. Labirintopatias hormonais: hormônios esteroides, estrógeno e progesterona. Int Arch of Otorhinolaryngol, v. 1, p. 32-36, 1997.
» CANALI, Enrico Streliaev; KRUEL, Luiz Fernando Martins. Respostas hormonais ao exercício. Revista Paulista de Educação Física, v. 15, n. 2, p. 141-153, 2017.