A Prosa Medieval pode ser subdividida em categorias específicas, a saber:
Caracterizavam-se como narrativas de fatos históricos importantes em uma ordem cronológica, intercalados por fatos fictícios. Possuíam natureza não-religiosa, com tendências ao heroísmo e ao sobrenatural. As mais significativas produções de caráter histórico cabem ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e são as seguintes: Crônicas Breves e Memórias Avulsas, Crônica Breve do Arquivo Nacional, Crônica da Conquista do Argárve e Crônica da Fundação do Mosteiro de São Vicente de Lisboa;
Palavra derivada do grego hagio + grafia = escrita, as hagiografias caracterizavam-se como narrativas da vida de santos (biografias), tendo um objetivo moralizante e exemplar. Estes relatos foram produzidos dentro dos mosteiros e várias delas escritas em latim;
Eram relatórios sobre a vida de um nobre e a linhagem genealógica de sua família. Constava de sua árvore genealógica (antepassados), relação das riquezas, títulos de nobreza e, muitas vezes, eram demarcados relatos de episódios ou feitos de origem lendária;
Fruto das mudanças das canções de gesta (poemas que narravam as aventuras heroicas de cavaleiros andantes), as novelas de cavalaria caracterizavam-se como narrativas literárias, feitas em capítulos, que contavam grandes feitos de um herói e seus cavaleiros, intercaladas com célebres histórias de amor. As histórias de amor das novelas de cavalaria, ao contrário do que aparece nas cantigas, não são platônicas e melancólicas: o herói cultua a amada, quer ser e é correspondido por ela. Os obstáculos incentivam o herói a conquistá-la.
As novelas de cavalaria foram produzidas em lugares diferentes da Europa, fato que contribuiu para que fossem subdivididas em três ciclos: