Existem também palavras na língua portuguesa cujo acento é incerto, oscilante, admitindo pronúncias duplas. Alguns exemplos são os seguintes: acrobata e acrobata; autópsia e autopsia; hieroglifo e hieróglifo; Oceania e Oceânia; projétil e projetil; réptil e reptil; xerox e xérox.
Há também palavras que assumem significados diversos conforme a acentuação tônica. Por exemplo: valido (verbo validar) e válido (adjetivo); Cupido (deus do amor) e cúpido (ambicioso); fervido (particípio de ferver) e férvido (quente, ardoroso); vivido (experiente, que viveu muito) e vívido (vivaz, que tem vivacidade).
Segundo o gramático Cegalla, a ortoépia (do grego orthós, correto + hepós, fala) ocupa-se da boa pronunciação das palavras no ato de fala. É a ortoépia que trata da perfeita emissão das vogais e dos grupos vocálicos, respeitando o timbre (aberto ou fechado) das vogais tônicas, além da correta e adequada ligação das palavras na frase e a articulação correta e nítida dos fonemas consonantais.
Os erros de ortoépia são denominados cacoépia. Confira alguns erros a seguir:
CORRETO | INCORRETO |
Bandeja | Bandeija |
Advogado | Adevogado |
Asterisco | Asterístico |
Empecilho | Impecilho |
Cuspe | Guspe |
Estupro | Estrupo |
Intitular | Entitular |
Privilégio | Previlégio |
Fachada | Faixada |
Em sua “Novíssima Gramática da Língua Portuguesa”, Domingos Paschoal Cegalla afirma que em muitas palavras há divergência quanto ao timbre das vogais tônicas /e/ e /o/. De acordo com o gramático, recomenda-se pronunciar:
O conceito de plurais metafônicos diz respeito à mudança de timbres de alguma vogal ao ser flexionada para o plural. Trata-se de um fenômeno muito comum na língua portuguesa. Confira alguns exemplos a seguir:
Aposto – apostos
Caroço – caroços
Corcovo – corcovos
Destroço – destroços
Fosso – fossos
Olho – olhos
Povo – povos
Tijolo – tijolos