Biologia,Citologia

Proteínas – Função e digestão

As proteínas são macromoléculas formadas pela união de moléculas menores denominadas aminoácidos e são digeridas ao longo do sistema digestório dos seres vivos. As proteínas são formadas por carbono (C), oxigênio (O), nitrogênio (N) e hidrogênio (H), mas podem apresentar enxofre (S) também.

Essas macromoléculas servem para desempenhar diversas funções, tais como: função estrutural, energética, de defesa do nosso corpo e entre outras. As proteínas são formadas por aminoácidos unidos por ligações peptídicas, formando uma macromolécula denominada polipeptídeo.

Uma molécula de proteína pode ser formada por apenas uma cadeia polipeptídica, como é o caso da albumina presente na clara do ovo. Outras moléculas de proteína podem ser formadas por mais de uma cadeia, é o caso da hemoglobina, composta por quatro cadeias polipeptídicas.

No entanto, a molécula de proteína não é um fio esticado. Ela apresenta dobramentos e enrolamentos determinados por atrações químicas entre os aminoácidos e pela intervenção de outras proteínas, denominadas chaperonas.

Tais dobramentos conferem às proteínas formas tridimensionais, que correspondem às estruturas secundárias e terciárias. Quando duas ou mais cadeias se unem para formar uma proteína, temos a estrutura quaternária.

Qual é a função da proteína?

As proteínas possuem função tanto construtora quanto reparadora, formação de hormônios, enzimas e anticorpos [5].

Carnes, ovos e leites

Exemplos de proteínas de origem animal (Foto: depositphotos)

Algumas proteínas possuem função mais específica no nosso organismo, como a albumina, o fibrinogênio, a queratina, a caseína e o colágeno. Vejamos:

Além disso, existem tipos de proteínas que desempenham muitas outras funções importantes para os seres vivos, são elas: enzimas, substâncias que aumentam a velocidade das reações químicas; anticorpos, substâncias fundamentais em certos mecanismos de defesa do corpo dos seres vivos e alguns hormônios [7]; a insulina e o glucagon, por exemplo, são sintetizados pelo pâncreas, e atuam no metabolismo de açúcares (a insulina reduz o nível de glicose no sangue, enquanto o glucagon aumenta).

As funções de cada proteína estão associadas, entre outros fatores, às suas estruturas primárias, ou seja, a sequência de aminoácidos na proteína. Alterações na sequência dos aminoácidos, em função de mutações do material genético (mutação gênica [8]), podem provocar alterações na forma e função da proteína.

Qual é a importância?

As proteínas são importantes na manutenção do funcionamento do nosso organismo, pois cabe a elas fornecerem todo o material necessário para que nosso corpo se mantenha e para que os nossos órgãos e tecidos consigam se restituir.

Onde é feita a digestão das proteínas?

A digestão das proteínas é feita ao longo do sistema digestório [9], iniciando no estômago e finalizando no intestino. Quando ingerimos um alimento rico em proteínas o nosso organismo tem o trabalho de fragmentá-las em partes menores para que assim possam ser absorvidas pelo organismo.

Digestão de proteínas bioquímica

A digestão das proteínas é um processo bioquímico, pois está intimamente ligado ao pH e à ação de enzimas específicas durante a degradação. No estômago ocorre a primeira etapa de digestão das proteínas.

Com o pH do meio ácido devido a presença do ácido clorídrico, a enzina pepsina inicia a quebra das ligações existentes entre os aminoácidos. A enzima pepsina transforma as proteínas em moléculas menores, hidrolisando as ligações peptídicas.

Quando o alimento chega ao duodeno (intestino delgado) ocorre a liberação da enzima enteroquinase pelas células intestinais, agindo na degradação.

A enteroquinase ativa outra enzima do pâncreas, a tripsina, que por sua vez desencadeará reações de ativação em cascata das demais enzimas pancreáticas proteolíticas, como a quimiotripsina, a elastase, as carboxipeptidases e as aminopeptidases.

Digestão das proteínas no intestino

No intestino é onde ocorre a maior parte da digestão das proteínas. O duodeno recebe as secreções do fígado e do pâncreas, onde acontece a digestão química. A bile, o suco pancreático e o suco entérico atuam sobre o bolo alimentar, chamado quimo.

Além disso, o intestino conta com a atuação de algumas enzimas que têm função essencial no processo de digestão.

Absorção das proteínas

Os nutrientes oriundos da degradação das proteínas serão absorvidos pelo organismo, pois agora, já podem atravessar as microvilosidades do intestino delgado e alcançar os capilares sanguíneos.

O produto da digestão será absorvido pelas células é denominado de quilo e contem vitaminas [10] e minerais. O que não for absorvido (parte da água e fibras) é direcionado para o intestino grosso e posteriormente para o reto, sendo eliminado através das fezes pelo ânus.

Nutrição proteica

Um único tipo de alimento não possui todos os tipos de aminoácidos necessários para o bem estar de nosso organismo, por isso é importante ter uma dieta balanceada, consumindo principalmente carnes, ovos, laticínios e leguminosas.

Os produtos de origem vegetal apresentam menor conteúdo proteico que os de origem animal, têm baixa digestibilidade e deficiências em aminoácidos essenciais. Em dietas vegetarianas deve-se ter especial atenção a esse fato.

Os alimentos de origem animal como peixes, ovos e carnes, são os que têm alto valor proteico e alto valor nutricional. Isso porque possuem alta digestibilidade (grande parte dos aminoácidos da proteína é efetivamente absorvida em nosso trato digestório após a digestão) e incluem aminoácidos essenciais.

RESUMO

A proteína resulta da união de pequenas moléculas, os aminoácidos. Quando três ou mais aminoácidos se unem, eles formam uma macromolécula que a partir de então receberá a denominação de proteína.

A palavra proteína surgiu em 1838, quando um químico holandês Gerardus Johannes Mulder usou a expressão pela primeira vez e desde então, passou a ser utilizada por toda comunidade científica.

Diversas pesquisas foram sendo realizadas a respeito das proteínas e sua atuação, até que a partir do ano de 1900 foi descoberta a presença de aminoácidos em sua composição.

Existem nos seres vivos 20 aminoácidos distintos que podem participar da formação das proteínas, como a glutamina e a alanina, por exemplo.